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domingo, 14 de agosto de 2011

Valor Bruto da Produção será recorde em 2011

   O faturamento bruto das 20 principais lavouras do Brasil deve alcançar R$ 198 bilhões em 2011. O valor apurado, com informações até julho, faz parte de um levantamento realizado mensalmente pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e foi divulgado nesta sexta-feira (12/8). De acordo com o estudo, o Valor Bruto da Produção (VBP) deste ano será 10% superior ao de 2010, o que representa um novo recorde. Em 2010, o VBP atingiu a marca de R$ 180 bilhões.

   Entre as principais lavouras, os maiores aumentos reais no VBP foram registrados no algodão (63,6 %), café (40,7 %), uva (47,3 %), milho (24,4 %), soja (17,0 %) e mandioca (10,7 %). “Preços mais elevados neste ano e maior produtividade têm garantido o bom desempenho. O café, entretanto, tem sido beneficiado exclusivamente pelo aumento de preços, já que a produção em 2011 está abaixo da obtida em 2010”, explica José Garcia Gasques, responsável pelo levantamento e coordenador de Planejamento Estratégico do Ministério da Agricultura.

   Outro ponto importante do levantamento do mês de julho é a indicação de que problemas climáticos, como excesso de chuvas, seca e geadas, ocorridos no Sul, especialmente no Paraná, afetaram as lavouras de inverno e as que têm segunda safra, caso do milho. “A redução do valor da produção ocorrida neste mês deve-se principalmente à queda de produção do milho de segunda safra, que foi bastante prejudicado no período de colheita, mas que, mesmo assim, apresentou crescimento de 24,4% em 2011”, avalia Gasques.

   Em 2011, alguns produtos como cebola, batata inglesa e trigo registraram renda inferior na comparação com 2010. A cebola teve redução de 62,5%, com VBP de R$ 751 milhões; a batata inglesa alcançou R$ 2,9 bilhões com queda de 26,22%; e o trigo em grão, que atingiu faturamento bruto de R$ 2,2 bilhões, teve baixa de 19,7%.

  O Valor Bruto da Produção, em julho, está abaixo do valor obtido no mês anterior. Segundo Gasques, isso se deve às reavaliações das safras feitas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
 Faturamento regional
   O estudo mostra uma tendência de crescimento no VBP de todas as regiões, com exceção do Norte, que teve queda de 1,93%. A região Sul teve aumento de 7 %, os melhores resultados, porém, foram obtidos nas regiões Nordeste e Centro-Oeste.

  No Nordeste, o crescimento foi de 18,8% e, com exceção de Pernambuco, todos os demais estados da região apresentaram bom desempenho em 2011. “No caso do Nordeste, o bom desempenho foi consequência dos resultados positivos das lavouras de feijão, milho e algodão”, explica Gasques. No Centro-Oeste, o principal destaque é Mato Grosso, com aumento real de 57,5% do valor da produção, superando o estado de São Paulo, que tradicionalmente apresenta a liderança no valor da produção de lavouras, mas que neste estudo teve queda de 8,5%.

   No Sudeste, o aumento foi pouco expressivo (1,49%). Segundo Gasques, o Sudeste foi afetado principalmente pela redução da produção e dos preços da cana-de-açúcar.
 Fonte: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/0,,EMI257015-18077,00-VALOR+BRUTO+DA+PRODUCAO+SERA+RECORDE+EM.html

sábado, 13 de agosto de 2011

Saladas prontas podem aumentar renda dos produtores

     As saladas prontas disponíveis nos supermercados dos grandes centros urbanos do País atendem à crescente demanda por praticidade e rapidez dos tempos atuais. O Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL) está entre as instituições e universidades brasileiras que apostam nas pesquisas sobre o processamento mínimo de frutas e hortaliças. O pesquisador José Maria Monteiro Sigrist enfatiza que o propósito é oferecer conveniência e segurança garantindo a ausência de resíduos químicos ou microrganismos prejudiciais à saúde humana.


     O sucesso do modelo, bastante vantajoso economicamente para o setor produtivo, depende principalmente do critério na lavagem, embalagem e refrigeração desde a colheita até a mesa do consumidor. Os produtos minimamente processados podem custar até 300% a mais que os tradicionais. Além disso, a obrigatoriedade de manter a cadeia do frio e o curto tempo de vida de prateleira elimina os intermediários do processo de comercialização.

     A técnica realizada em unidades especiais disponibiliza esses itens higienizados, embalados e prontos para serem consumidos imediatamente. Alimentos como alface, couve, repolho e frutas já descascadas podem ser ingeridos sem preocupação.

     Os produtores podem ter a planta de processamento mínimo no local de produção para agregar valor ao seu produto, dispensando totalmente os atravessadores. Na prática, o que seria feito em casa passa a ser realizado numa unidade com requisitos específicos para manuseio de alimentos. As hortaliças e frutas vêm do campo, são lavadas com sabões neutros permitidos por lei. Coloca-se também algum produto para retirar os microrganismos. Então, vem a etapa da centrifugação para retirar o excesso de água. Por fim, são embaladas e levadas a
té as gôndolas dos supermercados, poupando a dona-de-casa de todo esse trabalho — explica ele.



     Estudos conduzidos nos Estados Unidos e Europa precederam e orientaram os experimentos nacionais. De acordo com Sigrist, os agricultores interessados podem ter acesso à tecnologia por meio de palestras e consultorias diretas, fornecidas pelo Instituto de Tecnologia de Alimentos, devidamente equipado para dar todo suporte à produção desses gêneros.


Fonte: Portal Dia de Campo   www.diadecampo.com.br )
Autora: Nivea Schunk


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Programa Mundial de Alimentos já assistiu 8 milhões de pessoas na África


Nairóbi, 9 ago (EFE).- Cerca de 8 milhões de pessoas já receberam comida do Programa Mundial de Alimentos no Chifre da África, mas o objetivo é assistir 11,5 milhões de pessoas que passam fome na região, informou a agência da ONU nesta terça-feira.

Em comunicado emitido em Nairóbi, o Programa Mundial de Alimentos destaca que 'mais de 13 milhões de pessoas' sofrem com os efeitos da grave seca no Chifre da África (a pior dos últimos 60 anos), das quais 1,5 milhão devem receber ajuda dos Governos e de diversas organizações.
Segundo a nota, a agência está tentando acelerar a distribuição de alimentos e nesta terça-feira terá início uma série de nove vôos para transportar à cidade litorânea de Mombaça (sul do Quênia) 800 toneladas de alimentos energéticos, quantidade suficiente para abastecer 1,6 milhão de pessoas durante um dia.
Para a Somália, onde foi declarado estado de crise de fome em cinco regiões, o programa forneceu, entre os dias 27 de julho e 3 de agosto, 86 toneladas de alimentos para atender a 30 mil crianças menores de 5 anos que estão desnutridas durante um mês.
Nos próximos dois meses, a agência da ONU assegura que pretende fazer chegar à Somália cerca de 14 mil toneladas de comida, grande parte dela dirigida a crianças desnutridas.
Sobre a Etiópia, o programa assinalou que começou a distribuição de mantimentos entre os refugiados transferidos ao novo acampamento de Haloweyn, que espera abrigar cerca de 15 mil pessoas no final de agosto.
O Programa Mundial de Alimentos ainda necessita de US$ 250 milhões para enfrentar a crise, após ter recebido um montante similar em doações, a maioria procedente de Governos.

domingo, 7 de agosto de 2011

  04/08/2011 - 12h42
Fumo e álcool juntos causam maioria dos tumores de boca
RICARDO BONALUME NETO
DE SÃO PAULO

O maior estudo do gênero já feito na América Latina, com ênfase no Brasil, revelou que fumantes e bebedores regulares de álcool têm maiores riscos de câncer na boca, faringe, laringe e esôfago, como já se previa de acordo com dados de outros países.
O resultado mais impactante do estudo foi mostrar que o uso simultâneo de álcool e tabaco teve um efeito multiplicador: 65% dos 2.252 casos de câncer avaliados estavam entre bebedores que também fumavam.
O estudo mostrou que quem bebe ou fuma mais tem maior risco da doença.
Os 25% que beberam menos ao longo da vida (de 0,1 a 233,6 g de etanol por ano, sendo que uma lata de cerveja tem 14 g de etanol), tinham chance 2,26 vezes maior do que os abstêmios de ter câncer de esôfago.
Já os 25% que mais beberam (mais de 2 kg de etanol por ano ou 142 latinhas) aumentavam o risco de desenvolver o tumor em 9,26 vezes.
Dos bebedores de álcool, os que consumiam destilados tiveram um risco 12 vezes maior de câncer no esôfago. Os dados também indicam que quem parar de fumar e beber reduz o risco de ter câncer nessas regiões.
A equipe de doze pesquisadores, dos quais seis brasileiros, foi coordenada pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer, com sede em Lyon, França.
Participaram pesquisadores de São Paulo, Goiás, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Dos 2.252 pacientes, 1.750 vieram do Brasil, 309 da Argentina e 193 de Cuba. O estudo foi publicado na revista "Cancer Causes Control".
"O câncer é resultado de um processo longo de agressão ao organismo, até que uma célula fique tumoral", diz Sergio Koifman, da Fiocruz (RJ), um dos autores.
Os pesquisadores descartaram outra causa possível de câncer no grupo estudado, o vírus HPV, pelo baixo nível de infecção presente.
Estudo do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo, com 26,1 mil pacientes, mostra que 11% dos pacientes de câncer ali atendidos dizem consumir bebidas alcoólicas em excesso.


terça-feira, 2 de agosto de 2011

Pode a nanotecnologia produzir algo como um Donut Saudável?

     Empresas europeias produtoras de alimentos usam já nanotecnologia na fabricação e concepção de novos alimentos, mas muito poucas disponibilizam a informação aos consumidores, diz o cientista alemão especialista em ciência alimentar Frans Kampers.
     Frans Kampers está entre os palestrantes reunidos em Chigaco para a Reunião Anual de 2009 da Associação Americana para o Avanço da Ciência (AAAS) que vão discursar sobre o tema “Dos Donuts aos Medicamentos: (R)Evolução da Nanobiotecnologia”.
      Kampers, do Centro de Pesquisa da Universidade de Wageningen, nos Países Baixos, irá comentar aspectos interessantes da ciência alimentar: “O que a nanotecnologia pode fazer pelo seu Donut”.
      O painel inclui dois estudantes graduados, Jessica Koehne da Universidade da Califórnia e Kristina Kriegel da Universidade de Massachusetts que estão a trabalhar em projectos combinados de nanotecnologia, biologia e química.
      “No que diz respeito à alimentação e nutrição, há uma maior resistência do grande público quanto aos nanomateriais e nanotecnologia na aplicação em alimentos do que, por exemplo, na utilização médica.  Contudo, a sua aplicação em processos e criação de produtos, sensores para a segurança alimentar e controlo da qualidade dos alimentos e das embalagens, são alguns exemplos que reflecte a ampla gama de utilizações possíveis da nanotecnologia na indústria alimentícia”, diz Kampers.
      “O problema que os cientistas que trabalham nesta área enfrentam é que as pessoas não entendem o que se faz em nanotecnologia e alimentos”, diz Kampers. “Todo a gente tem uma visão da nanotecnologia como sendo nanopartículas, ou seja partículas infinitamente pequenas, e que essas partículas infinitamente pequenas possam ser prejudiciais aos alimentos e ter um efeito adverso na saúde.  A grande promessa da nanotecnologia, diz o cientista holandês, é que poderia permitir uma engenharia de ingredientes de forma a que os nutrientes actuem de forma mais eficaz no corpo humano, enquanto que impedem a passagem de outros elementos prejudiciais e menos desejáveis.”
Cientistas europeus de ciência alimentar usam nanotecnologia para criar estruturas especiais nos alimentos que podem “entregar” os nutrientes em locais específicos do corpo e maximizar assim os efeitos benéficos destes nutrientes. “Basicamente, estamos a criar nanoestruturas desenhadas especialmente para integrarem o sistema digestivo e serem expelidas pelo organismo, de modo a que, no final, não restem nenhumas destas nanoestruturas,” diz Kampers.
      O cientista afirma também que alguns investigadores mais controversos estudam possíveis aplicações de nanopartículas persistentes nos alimentos e em embalagens que podem apresentar riscos acrescidos. A utilização de nanopartículas de metal, em particular de prata, poderão provocar uma redução significativa no ritmo da deterioração do material da embalagem, e até mutar da embalagem do alimento para o próprio alimento.
      “Nanopartículas de óxido metálico podem avançar para a corrente sanguínea, e os pesquisadores demonstraram que podem mesmo migrar para as células, ou em alguns casos para os núcleos das células. Estas são aplicações mais controversas sobre a utilização da nanotecnologia nos alimentos, contudo, existem muitas aplicações que merecem estudo sério e que poderão melhorar significativamente a resposta às exigências nutricionais do organismo, mesmo em situações de escassez de alimentos.” diz Kampers
Fonte: Science Daily

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

10 mitos sobre alimentos

Alimentos como leite, ovo e maionese já entraram na lista de itens proibidos na cesta do supermercado de muitas pessoas, apesar de serem inocentes e até benéficos se consumidos com moderação. O endocrinologista e consultor do programa Bem Estar da rede globo, Alfredo Halpern, elaborou uma lista com 10 mitos sobre alguns alimentos, que segue abaixo:

  1. Café deixa as pessoas mais aceleradas.
    Verdade: A cafeína atua como estimulante, e a ingestão em excesso pode provocar irritabilidade, ansiedade, agitação, dor de cabeça e insônia. No caso da dor de cabeça, mais de três xícaras por dia podem fazer mal.

  2. Leite faz bem para os ossos.
    Verdade: Segundo o Ministério da Saúde, o leite é a melhor fonte de cálcio, mineral essencial à saúde dos ossos. Adultos devem preferir o tipo desnatado. Três porções de leite e derivados por dia são suficientes.

  3. Leite piora alergias e asma.
    Mentira: Apenas pessoas com intolerância à lactose ou com recomendação médica não devem consumir leite.

  4. Maionese industrializada tem gordura demais e é muito calórica.
    Mentira: Não há problema se o consumo for moderado, porque a maionese é feita à base de gorduras vegetais.

  5. Chocolate tem gordura, mas pode fazer bem e dar sensação de felicidade.
    Verdade: O consumo moderado do chocolate escuro já é aceito por médicos e nutricionistas, principalmente por causa da presença de antioxidantes, que previnem doenças e retardam o envelhecimento. Também estimula a produção de serotonina, que atua sobre o bem-estar.

  6. Azeite de oliva é uma gordura ruim.
    Mentira: Até uma colher de sopa diária é aceitável. Ao contrário das gorduras saturadas, as insaturadas presentes no azeite não causam problemas de saúde, exceto quando consumidas em grande quantidade.

  7. Castanha de caju é gordurosa, mas diminui o colesterol.
    Verdade: Consumida com moderação (uma colher de sopa por dia), pode ajudar a reduzir as taxas do colesterol ruim, o LDL.

  8. Castanhas contribuem para reduzir o risco de doenças cardíacas e diabetes.
    Verdade: Castanhas contêm gorduras monoinsaturadas, magnésio e zinco, além de vitaminas e minerais que favorecem o equilíbrio do organismo e evitam doenças. O ideal é consumir uma colher de sopa por dia, sem sal.

  9. Ovo aumenta os níveis de colesterol.
    Incerto: Ovos têm muitas proteínas, gorduras insaturadas, vitaminas do complexo B e colesterol, mas não há evidências de que o consumo afete negativamente essas taxas. Até dois ovos cozidos por dia são aceitáveis, substituindo a carne.

  10. Chá verde ajuda a queimar calorias e emagrecer.
    Verdade: O principal composto do chá verde tem antioxidantes e ativa a queima de gorduras. O recomendado é fazer o chá com as ervas naturais e tomar até 3 xícaras por dia. O chá só não deve ser consumido por quem tem hipertensão, hipotireoidismo ou insônia.
Reportagem modificado do site do programa Bem Estar.
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