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sexta-feira, 31 de agosto de 2012


Margarina e temperos prontos terão redução de sódio


    Um acordo assinado ontem entre o governo e a indústria de alimentos promete reduzir o teor de sódio nas margarinas, nos cereais matinais e nos temperos prontos usados no preparo da comida.
      As reduções propostas, escalonadas para 2013 e 2015, variam de 1,3% ao ano (para temperos à base de alho e cebola para arroz) até 19% ao ano (margarinas vegetais).
     Essa é a terceira rodada dos acordos voluntários com a indústria para a redução do sódio --substância associada a doenças cardíacas e dos rins.
Em 2011, foram assinados dois termos para massa instantânea, pão francês, pão de forma, bisnaga, mistura para bolos, salgadinhos de milho, batata frita e maionese.
    Enquanto os primeiros miravam alimentos consumidos por crianças e jovens, este tem foco maior nas refeições familiares e em restaurantes.
    "Boa parte do sódio da dieta do brasileiro está relacionada a caldos [temperos] prontos, usados em domicílios, espaços de alimentação no trabalho e nos restaurantes", explica Patrícia Jaime, da área de política de alimentos do Ministério da Saúde.
      Com os acordos, o governo tenta se aproximar do consumo diário de sódio recomendado pela OMS (Organização Mundial da Saúde): 2 gramas, o que equivale a 5 gramas de sal. Estima-se que, hoje, o brasileiro consuma 12 gramas de sal.
     Esse novo termo pode eliminar cerca de 8,8 mil toneladas de sódio do mercado até 2020, nos cálculos do governo e do setor alimentício.
      Fechando a próxima rodada de acordos --que deve valer para laticínios e comidas prontas--, a expectativa é retirar 25 mil toneladas de sódio das prateleiras até 2020.


METAS TÍMIDAS

      Os acordos preveem o monitoramento das metas dois anos após a assinatura pelo governo. Assim, os alvos da primeira rodada (macarrão instantâneo e bisnaga) só serão verificados em 2013. A indústria afirma que já houve redução em alguns produtos.
     Para o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), que analisou a primeira rodada, as metas estabelecidas são "tímidas", mantendo o consumo de sódio elevado e com pouca alteração do cenário atual do mercado.
    A meta de 2012 para o macarrão instantâneo, segundo o Idec, é quase igual ao consumo diário total de sódio recomendado para adultos.
    Edmundo Klotz, presidente da Abia (Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação), discorda. Ele diz que os acordos colocarão o Brasil à frente de países com regulações muito rígidas.
    O ministro Alexandre Padilha (Saúde) vai na mesma linha. "Uma meta em discussão pela OMS é a redução do sódio nos alimentos. O Brasil não só se antecipa a isso como o modelo de adesão voluntária, com monitoramento das vigilâncias, pode vir a ser o modelo recomendado pela OMS."


Fonte: Folha de S. Paulo 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012


O desperdício de alimentos custa caro aos EUA

Prejuízo chega a US$ 165 bilhões por ano

26 de agosto de 2012 | 3h 07

DINA, EL-BOGHDADY, THE WASHINGTON POST, É JORNALISTA, DINA, EL-BOGHDADY, THE WASHINGTON POST - O Estado de S.Paulo
Os americanos desperdiçam até 40% de sua comida a cada ano, enchendo aterros sanitários com pelo menos US$ 165 bilhões em hortifrutigranjeiros e carnes numa época em que centenas de milhões de pessoas passam fome em todo o mundo, segundo análise divulgada na terça-feira pelo Conselho de Defesa dos Recursos Naturais (NRDC, na sigla em inglês).
A análise, uma compilação de estudos e estatísticas, revela que há desperdício desde a fazenda até o garfo, mesmo agora que a seca ameaça elevar o preço dos alimentos. Os recursos que o governo dedicou para identificar onde estão as deficiências e como combatê-las são irrisórios em comparação com os esforços em curso na Europa.
Por enquanto, os preços americanos relativamente baixos facilitam o desperdício de comida, o que pode explicar a razão porque a família americana média de quatro pessoas termina jogando no lixo o equivalente a US$ 2.275 em comida todo ano, diz o relatório. Essa tendência perdulária piorara como tempo e hoje o americano médio desperdiça 10 vezes mais comida do que um consumidor do Sudeste Asiático e 50% mais do que nos anos 70.
"Não surpreende que a comida seja o maior componente do lixo sólido nos aterros", disse Dana Gunders, cientista do NRDC que assina o estudo. A frustração dos ambientalistas é que recursos naturais - água, terra e energia - são usados para produzir todo esse alimento não consumido. "Estamos jogando fora quase a metade da comida que cruza nosso caminho", disse Gunders. "É dinheiro jogado no ralo."
A análise cita pontos fracos em cada etapa da cadeia produtiva. Na fazenda, os plantadores, às vezes, não colhem alimentos em razão dos preços ruins do mercado, que dificultam a recuperação dos custos.
O mercado também obriga os plantadores a selecionar as plantas que colhem, removendo alimentos com manchas ou outros defeitos cosméticos. O relatório cita um fazendeiro que estima que 75% dos pepinos que ele joga fora são comestíveis e uma empresa embaladora de tomate que afirma poder encher um caminhão de lixo com cerca de 10 mil quilos de tomates descartados a cada 40 minutos.
Quando bens perecíveis são embarcados de navio, eles também são rejeitados por distribuidores responsáveis por levá-los ao comércio local e por bancos de alimentos, que, às vezes, recebem quantidades maiores do que podem usar.
No entanto, muitos estudos sugerem que a maior parte do desperdício ocorre nas lojas e casas. O governo estima que supermercados percam US$ 15 bilhões por ano só em frutas e legumes não vendidos. O NRDC atribui parte dessas perdas ao excesso de produtos estocados para impressionar consumidores.
Em restaurantes, que também sofrem prejuízos com o desperdício de alimentos, tamanhos de porções que excedem os recomendados pelo governo desempenham papel importante. Ano passado, associações industriais lançaram uma iniciativa para ajudá-los a doar mais comida e reduzir os 36 milhões de toneladas de alimentos enviados aos lixões a cada ano.
A Europa, porém, saiu na frente. O Parlamento Europeu adotou uma resolução que cortará o desperdício pela metade até 2020. Na Grã-Bretanha, há cinco anos, alguns varejistas já estão usando promoções para desencorajar consumidores a comprar mais do que precisam - do tipo "compre a metade", em vez da tática de "compre um e leve dois" usada nos EUA.
Segundo pesquisa do Shelton Group, 39% dos americanos classificaram o desperdício de comida como sua principal "culpa" - bem acima de deixar as luzes acesas ao sair (27%) ou não reciclar (21%). Suzanne Shelton, fundadora do grupo, disse que as pessoas têm as melhores intenções ao encher as sacolas de supermercado, mas a vida acaba interferindo. "Ficamos atolados no trabalho e nos vemos comprando uma pizza na volta para casa", disse. "No fim de semana, jogamos fora a comida estragada da geladeira." / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK

domingo, 19 de agosto de 2012

Clima eleva preço global de alimentos em 6%


Seca nos EUA prejudica produção de cereais, como o milho, que subiu 23%; já as chuvas irregularesno Brasil afetaram preço do açúcar, segundo a FAO

10 de agosto de 2012 | 3h 04


ANDREI NETTO , CORRESPONDENTE / PARIS - O Estado de S.Paulo
O preço médio dos alimentos no mundo subiu 6% no mês de julho em relação a junho, depois de três meses de baixa. O sinal amarelo foi aceso ontem pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), cujo relatório aponta como vilões o preço dos cereais e do açúcar.
Enquanto o primeiro sobe por causa da seca nos Estados Unidos, o segundo sofreu o impacto das chuvas irregulares no Brasil. Com o aumento, o índice da FAO se aproxima do recorde de 2008, ano das revoltas provocadas pela fome na África e na Ásia.
O aumento foi verificado na cesta de produtos básicos que serve de parâmetro para os relatórios da organização. Em julho, a alta interrompeu uma sequência de três meses de baixas contínuas, e elevou o índice da FAO a um total de 213 pontos, 12 pontos a mais do que no mês anterior.
Por ora, a alta é considerada resultado de uma série de conjunturas climáticas desfavoráveis, como seca nos Estados Unidos, chuvas irregulares no Brasil e atraso nas monções (fenômeno climático que provoca chuvas intensas) na Índia.
O dado preocupante é que o nível atual se situa próximo ao pico de fevereiro de 2008, quando ocorreram as "revoltas da fome" - as manifestações violentas em países como Burkina Faso, Senegal, Costa do Marfim, Mauritânia, Egito, Haiti, Indonésia, Filipinas e Camarões.
Na época, o índice da FAO havia subido de 139 pontos para 219 pontos no intervalo de um ano, impulsionado por altas nos preços de cereais e de produtos derivados do leite.
"Quando 18 milhões de pessoas já sofrem de fome no Sahel (região do deserto do Saara), essa alta dos preços é muito alarmante", diz Clara Jamart, da organização não governamental Oxfam. "A situação alimentar é muito tensa e a especulação continua agindo."
Desta vez, os produtos que mais pesaram na balança foram o açúcar e os cereais. De acordo com as Nações Unidas, o açúcar teve alta de 12% em média em relação ao mês anterior, interrompendo uma baixa que se repetia desde março.
"O vigor da cotação do açúcar se explica pelas chuvas intempestivas no Brasil, primeiro exportador mundial, que atrapalharam a colheita de cana", dizem os experts da FAO. "As preocupações ligadas ao atraso das monções na Índia e a falta de precipitações na Austrália também contribuíram para a alta da cotação."
A tendência, no entanto, tende a se inverter nos próximos meses. Ontem, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do Ministério da Agricultura, apresentou suas projeções para a safra de cana-de-açúcar de 2012 e 2013, com previsão de aumento de 6,5% no Brasil, com uma safra de 593,63 milhões de toneladas, ante 560 milhões na temporada passada.
Cereais. Outro fator importante na inflação no preço dos alimentos foi a perspectiva de quebra parcial da colheita de milho nos Estados Unidos por causa da seca, o que fez o produto subir 23% no mês de julho. O trigo também sofreu forte alta, de 19%, desta vez causada por problemas na safra da Rússia e pelo aumento da demanda para alimentação de rebanhos.
Já o arroz fechou o mês com tendência estável. Com as altas, também o índice dos cereais, que agora chega a 260 pontos, se aproxima do ápice, "somente 14 pontos a menos do que seu recorde absoluto (em termos nominais) de 274 pontos em abril de 2008".
A boa notícia do balanço da FAO é a redução, ainda que pequena, em torno de 1%, do preço das carnes bovina e ovina e de aves. No caso dos derivados de leite, a queda chega a 16% desde o início do ano.

domingo, 12 de agosto de 2012

Alimentação certa ajuda a prevenir doenças na tireoide

   Há maneiras de prevenir algumas doenças que acometem a tireoide. A ioga, por exemplo, trabalha em benefício do sistema endócrino, do qual a tireoide faz parte.
   Outra possibilidade é reforçar a dieta com alimentos necessários ao bom funcionamento da glândula, que requer dosagens equilibradas de um mineral, o iodo, para produzir seus hormônios.
  
   "A quantidade ideal de iodo para um adulto saudável é de 150 a 220 microgramas diários, que podem ser extraídos dos alimentos", diz Vânia Assaly, nutróloga especializada em endocrinologia.

   Uma alimentação equilibrada precisa conter níveis corretos de vitamina A e do complexo B, nutrientes antioxidantes, como a vitamina C, tocoferóis mistos (vitamina E), minerais (ferro, cobre, selênio, zinco) e oligoelementos (iodo). "A falta ou o excesso deles modifica a síntese dos hormônios da tireoide e interfere na qualidade do tecido", diz Assaly.
  
   Algas marinhas devem ser incluídas no cardápio porque carregam iodo em sua forma original. "O sal também contém iodo em sua forma orgânica, mas, no processo de refino, passa por uma lavagem e vai perdendo algas microscópicas que fixam o iodo natural", diz Assaly. Além de iodo, perdem-se outros minerais, como selênio, cobre e molibdênio, que fazem parte do equilíbrio iônico.

   Com iodo, cálcio e selênio, esses alimentos são bons aliados da tireoide: algas (um pires de chá duas vezes por semana); abacate (1/4 da fruta duas vezes por semana); ovos (dois ou três por semana); peixes e frutos do mar (uma cumbuca de caldo de peixe com crustáceos uma vez por semana); nozes (duas porções de 15 g três vezes por semana); castanha-do-pará (uma por dia) e sal (uma colher de chá por dia).
  
   É aconselhável incluir, também, abóbora (uma porção de purê por semana), tomate orgânico (um por dia) e cenoura (meia por dia), porque esses vegetais têm vitamina A e carotenoides.
 
   Vegetais escuros, como escarola, agrião e rúcula ""fontes de vitaminas B, C e betacaroteno, além de cálcio, fósforo e ferro"", devem constar na dieta: bastam dois pratos de sobremesa ao dia.
  
   Já o excesso de vegetais crucíferos (couve, couve-flor, brócolis) deve ser evitado: "Eles contêm substâncias que bloqueiam a produção dos hormônios da tireoide", diz Assaly. "Não se deve consumir mais de oito flores de brócolis por semana."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1124641-alimentacao-certa-ajuda-a-prevenir-doencas-na-tireoide.shtml

terça-feira, 7 de agosto de 2012

O que comeremos em 20 anos?


 Insetos, carne de laboratório e algas têm grandes chances de fazer parte da dieta do homem do futuro.
31 de julho de 2012 | 8h 36

Projeções de especialistas indicam que o aumento populacional, dos preços dos alimentos e a limitação de disponibilidade de recursos vão mudar os hábitos alimentares humanos nas próximas décadas.
Alguns analistas calculam que o preço dos alimentos pode dobrar nos próximos cinco a sete anos, tornando itens hoje comuns, como carne, em artigo de luxo.
Veja abaixo algumas alternativas que, embora estranhas á primeira vista, são apontadas como caminhos prováveis para resolver a demanda por alimentos.
Insetos
O governo holandês já investiu um milhão de euros em pesquisa sobre como inserir carne de insetos nas dietas de seus cidadãos e preparar leis para regulamentar sua criação.
Insetos fornecem tanto valor nutricional quanto carne de mamíferos, mas custam e poluem muito menos. Cerca de 1, 4 mil espécies poderiam ser consumidas pelo homem, compondo salsichas ou hambúrgueres.
Boa parte da humanidade já come insetos, especialmente na Ásia e África. Mas os mercados ocidentais devem resistir à ideia e vão ser necessárias grandes campanha de marketing para tornar aceitável ideia de incluir insetos como gafanhotos, formigas e lagartas no cardápio.
Uso de som
Já é bem conhecida a influência que aparência e cheiro podem ter sobre o que comemos, mas uma área em expansão que pode render descobertas interessantes é a dos estudos sobre o efeito do som sobre o paladar.
Um estudo da Universidade de Oxford descobriu que é possível ajustar o gosto der determinados alimentos através da música que se ouve ao fundo.
A música pode, por exemplo, fazer uma comida parecer mais doce do que ela é. Esse recurso pode ajudar a reduzir o consumo de açúcar.
Outro exemplo: Sons graves de instrumentos de sopro de metal (como saxofones ou tubas) acentuariam o gosto amargo de alimentos.
Empresas podem passar a recomendar listas de músicas para melhorar a "experiência" do consumo de seus produtos.
Carne de laboratório
Cientistas holandeses criaram carne em laboratório usando células-tronco de vaca e esperam desenvolver o primeiro "hambúrguer de proveta" até o fim de 2012.
A produção de carne artificial poderia trazer grandes benefícios ao meio ambiente, pela redução no número de cabeças de gado - grandes emissores de CO2 - e nas áreas de floresta desmatada para a criação de pastos. A carne de laboratório poderia ser manipulada para ter níveis bem mais saudáveis de gordura e nutrientes.
Os pesquisadores holandeses dizem que a meta é fazer a carne in vitro ter o mesmo gosto que a tradicional - coisa que ainda está longe de ter.
Algas
Elas podem alimentar homens e animais, oferecer uma alternativa em graves crises alimentícias e ainda abrem mão do gasto de terra ou água potável para seu cultivo.
Cientistas ainda apontam para o potencial de algas como fontes de biocombustíveis - o que reduziria a dependência dos combustíveis fósseis.
Alguns especialistas preveem que fazendas de algas poderiam se tornar a mais promissora forma de agricultura intensiva.
Elas já existem em países asiáticos como o Japão.
Como os insetos, elas poderiam ser introduzidas em nossas dietas sem que soubéssemos. Cientistas na Grã-Bretanha estudam a substituição de sal marinho por algas em pães e outros alimentos industrializados.
Grãos têm um forte sabor, mas com baixo índice de sal, sendo portanto, mais saudáveis.
Com informações de Denise Winterman da BBC News BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

 Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,o-que-comeremos-em-20-anos,908531,0.htm

sábado, 4 de agosto de 2012

Exportação de soja supera a de minério de ferro

As exportações brasileiras do complexo soja (soja em grãos, farelo e óleo de soja) já superam as receitas obtidas com o minério de ferro.

Quebra de produção de grãos na América do Sul e seca nos Estados Unidos colocaram a soja no topo das exportações brasileiras de commodities, desbancando a liderança do minério.
Este sofre os efeitos das incertezas econômicas mundiais, que reduzem a demanda por minério e esfriam os preços da commodity.

As receitas com a soja devem atingir patamar não esperado pelo próprio setor nas estimativas do início do ano. Só nos sete primeiros meses já atingem US$ 18 bilhões, 21% mais do que em igual período anterior.
De janeiro a julho, as exportações de minério de ferro renderam US$ 17,7 bilhões, 20% menos do que em igual período de 2011.
Apesar do bom desempenho de soja e de milho, cujas receitas são maiores neste ano, o cenário econômico internacional não favorece as exportações brasileiras de commodities.
No setor agrícola, vários dos principais itens da balança comercial continuam com queda nas receitas neste ano.
Uma das principais quedas é a do açúcar, cujas receitas recuaram para US$ 5,6 bilhões até julho, 22% menos do que entre janeiro e julho do ano passado.
Nesse mesmo período, as vendas de café, setor que vinha recuperando espaço na balança comercial brasileira, recuaram para US$ 3,2 bilhões, 22% menos do que no ano anterior.
As carnes também perdem peso na balança, principalmente porque os preços internacionais caem. O setor de avicultura, carro-chefe do setor, teve queda de 4% no volume exportado no mês passado em relação a 2011. Já os preços recuaram 14%, derrubando as receitas totais do mês para US$ 481 milhões, 17% menos do que em julho do ano passado.
A balança de commodities foi afetada também pela redução das exportações de petróleo, que caíram para US$ 11,8 bilhões neste ano, 2% menos do que no ano passado.