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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Especialistas ensinam como planejar as compras, evitar o desperdício e gastar menos


Planejar a compra ajuda a evitar o desperdício. O ideal é ir ao mercado nos dias da semana, quando os produtos são entregues e estão mais frescos. Além disso, chegar bem cedo. Assim, é possível evitar que frutas, verduras e legumes tenham sido tão apertados. É um costume de muitos consumidores, na hora da escolha. E depois de passar de mão em mão, eles duram menos.

Maçã, mamão e pêra, por exemplo, qualquer marquinha ou amassado pode fazer com que estraguem logo. Já a banana, pode ter manchinhas pretas. Claro, vai amadurecer rápido, mas não vai afetar o sabor. A dica para o abacaxi é uma exceção. Tem que apertar.

“O ideal é que a base do abacaxi esteja mais úmida, um pouco mais mole quando você apertar. Se estiver úmido, ao apertar ele vai afundar um pouquinho”, diz engenheiro agrônomo. A laranja deve estar lisinha e brilhante. “Se ela estiver enrugada, significa que ela vai estar com menos suco do que esta aqui que está lisinha”, relata.
A mudança de hábitos não deve ocorrer só na hora da compra. Dentro de casa, o combate ao desperdício continua e é super importante. Para que os alimentos não estraguem, antes mesmo de serem consumidos, é preciso atenção. Pequenos cuidados, fáceis de serem colocados em prática no dia a dia.
Ao guardar, devem-se colocar na frente os produtos que vão vencer logo, tanto no armário quanto na geladeira. “Uma outra coisa para se observar na geladeira, é que tem alguns produtos que estão armazenados inadequadamente. Ou seja, quando diz que é pra manter, por exemplo, farinha de trigo, maisena e farinha mesmo, eles devem ser mantidos em ambiente seco, arejado e bem fechado. O q eles estão fazendo na geladeira?”, questiona a especialista em economia doméstica.
Mas a temperatura afeta muito os alimentos e o engenheiro agrônomo Gustavo Almeida também se importa com isso. “As folhosas é importantíssimo irem para a geladeira também. Todas devidamente embaladas, porque dentro da geladeira é seco, resseca o produto. Dentro da geladeira se perde a umidade do produto. Por exemplo, um milho verde que foi comprado ontem, ele já desidratou, não serve mais para o consumo, ao contrário, do outro milho que foi guardado dentro de um saco plástico e é possível reparar que nada de água se perdeu”, declara.
Para os biscoitos que se perdem porque as crianças não comem um pacote inteiro de uma vez: “é colocar um pedacinho de pão na embalagem. Porque não vai dar cheiro, não vai dar sabor, não vai dar nada, mas ela vai absorver mais esta umidade, fazendo com que a sua bolacha fique sequinha”, explica Junia Marise Sousa, especialista em economia doméstica da Universidade Federal em Viçosa, Minas Gerais. E quanto aos produtos embalados com líquidos, como palmito, azeitona e milho? Segue outra dica. “Se sobrar, guardar com o líquido. Porque o líquido, ele tem conservantes, que vão ajudar a durar mais tempo”, esclarece.


Alimento funcional reduz colesterol, atua no intestino e no envelhecimento


Alimentos funcionais servem para enriquecer a dieta com substâncias capazes de prevenir o envelhecimento precoce, ajudar no funcionamento do intestino e reduzir a absorção de gorduras pelo organismo.
Produtos como pães, iogurtes, aveia, margarinas, biscoitos e bebidas de soja são vendidos no mercado desde 1999 acrescidos de compostos como probióticos, prebióticos, fibras, fitoesteróis e antioxidantes.
Todos eles fazem bem à saúde, mas não devem substituir o consumo diário de alimentos frescos e naturais, como frutas, legumes e verduras.
Alimentos funcionais valendo (Foto: Arte/G1)
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) verifica se esses alimentos atendem aos requisitos necessários e permite que as embalagens contenham uma frase para destacar os benefícios do conteúdo.
Porém, muitas marcas não trazem essa informação claramente ou vendem tão bem que nem divulgam que o alimento é funcional. Há, ainda, as que divulgam que o produto tem essa característica, embora não seja cientificamente comprovado.
Segundo o proctologista Fábio Atui e o engenheiro de alimentos Guilherme Rodrigues, no caso dos fitoesteróis, é recomendado consumir no máximo 3 gramas por dia – acima disso, não há efeito. E esses produtos não são adequados para crianças abaixo de 5 anos, gestantes e mulheres que amamentam.
Já as fibras aumentam o bolo fecal e facilitam o trânsito intestinal, mas devem ser aliadas a uma maior ingestão de água. Se você quiser introduzir algum desses produtos na sua alimentação, pergunte a um médico ou nutricionista. Além disso, o telefone de atendimento do fabricante pode informá-lo sobre a linha de alimentos funcionais disponível em supermercados e lojas.
Para quem faz uso de medicamento contra o colesterol, lembre-se: alimentos funcionais não são remédio. Portanto, continue tomando o que o médico lhe prescreveu contra esse ou outros problemas.


segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Anvisa recomenda menos sal na produção do pão francês

Agência lançou guia para preparo de alimentos. Objetivo é melhorar o teor nutricional nos gêneros alimentícios brasileiros

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) divulgou um documento que deverá servir de modelo para o preparo de alimentos, com o objetivo de controlar os nutrientes usados na alimentação brasileira e combater doenças crônicas como pressão alta e problemas cardiovasculares. Entre as principais indicações, está a redução do teor de sal no pão francês.
Com o nome de Guia de Boas Práticas Nutricionais, o texto está disponível no site da agência. A Anvisa cita dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) para elencar os benefícios da redução do sal na dieta brasileira. A adoção ao guia é voluntária.
Segundo o órgão ligado às Nações Unidas, a queda no consumo de sal para 5 gramas por dia reduziria em até 10% a pressão arterial dos brasileiros e óbitos por infarto e em 15% os casos de mortes por derrames.
Para a Anvisa, essa meta faria a expectativa de vida dos hipertensos aumentar em quatro anos no país, com 1,5 milhão de pessoas sendo dispensadas da necessidade de remédios para controlar a doença.
Sódio e pão francês
Segundo a Anvisa, o pão francês é uma das principais rotas para a entrada do sódio na população brasileira. Encontrado no sal de cozinha comum, o elemento químico pode elevar a incidência de doenças crônicas comuns e não transmissíveis como as cardíacas e as renais.
O sal em excesso é misturado com a farinha de trigo usada na produção do pãozinho. Atualmente, cada unidade contém 50 gramas, sendo 320 miligramas de sódio. O objetivo da Anvisa é reduzir esse teor em até 10% em 2014, derrubando para 289 miligramas o volume do elemento químico no alimento.
No Brasil, o sódio é ingerido acima da recomendação da OMS. Jovens entre 10 e 13 anos consomem o elemento químico além do máximo tolerável. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média do consumo diária de pão é de 53 gramas (pouco mais que um pãozinho).
Ministério da Saúde assinou em dezembro de 2011 um termo de compromisso para redução do teor de sódio no pão francês de 2% para 1,8% até 2014. O acordo foi feito junto a órgãos ligados à produção do alimento como as associações brasileiras das indústrias de Alimentação (Abia), de Massas Alimentícias (Abima) e de Panificação e Confeitaria (Abip), além da Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo).


terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Harvard apresenta nova pirâmide dos alimentos

O Departamento de Nutrição da Universidade de Harvard propôs substituir a pirâmide ou roda dos alimentos, apresentando a figura de um prato que mostre quantidades aconselháveis e incluindo exercício físico. Os especialistas dizem que esta sugestão "é baseada em investigação mais atual, sem interesses da indústria nem pressões políticas e, para além disso, dá recomendações mais específicas e precisas".


O guia de alimentação designado por "My Plate" aventa ser mais informativo e intuitivo do que o modelo piramidal, já que as proporções dos alimentos a ingerir são mais explícitas. A proposta é encher metade do prato com fruta e legumes, um dos quartos restantes é para cereais e o outro é reservado a proteínas (recomendando peixe, aves, feijão e nozes), mas inclui ainda óleos vegetais e um copo de água, que pode também ser substituído por uma chávena de café ou chá (limitando para crianças).
No entanto, não sabemos se a cota parte ocupada pelos cereais no prato se refere a cereais normais ou integrais, por exemplo, entre outras questões. Alguns especialistas já estão a criticar de forma negativa o"My Plate" porque parece ser mais a favor de ir buscar proteína à carne vermelha do que ao peixe.
Quanto a óleos, o esquema em forma de prato não fala das vantagens do azeite relativamente a outros. Esta nova pequena roda dos alimentos inclui ainda o exercício físico, um sector que até agora nunca tinha sido abordado. A sugestão principal deste esquema alimentar é ter um “prato colorido” e variado.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Preço de alimentos deve subir e apertar orçamento do consumidor


     Em 2012, a indústria de alimentos deve elevar os preços ao consumidor. Essa mudança deve refletir, principalmente, no preço dos alimentos e bebidas, revela o IBR 2011 (International Business Report), da Grant Thornton.
     De acordo com o levantamento, o aumento dos preços desses itens deve fazer com que os consumidores tenham um orçamento mais apertado neste ano.
      Segundo o estudo, 41% das empresas dos setores de alimentos e bebidas devem elevar os preços neste ano. Em 2011, a expectativa de elevação era de apenas 12%.
      Com aumento de 45% dos preços das commodities entre junho de 2010 e fevereiro de 2011, o segmento não conseguirá continuar absorvendo os altos custos. “O setor deve lutar no próximo ano para proteger margens. A redução de custos e ganho de produtividade deve ser prioridade. Muitas empresas de alimentos e bebidas estão de olho em operações de fusões e aquisições e o setor está maduro para consolidação”, diz o executivo da Grant Thornton Brasil, Fábio Silva.
     A pesquisa mostra que apesar da intenção de reajuste dos preços, os empresários não estão confiantes quanto à elevação dos lucros como reflexo da medida. Segundo a pesquisa, 62% dos empresários do setor acreditam que a receita deve aumentar em 2012, porém apenas 43% afirmam que podem ter uma elevação dos lucros no mesmo período.

Preço x qualidade

      O estudo mostrou ainda os anseios dos consumidores em todo o mundo. Se, por um lado, alguns consumidores estão exigindo preços mais em conta de alimentos e bebidas para atender seus orçamentos cada vez menores, por outro, aqueles com maior pode aquisitivo buscam produtos com mais qualidade e mais saudáveis. “Os dados refletem a ascensão da classe média nos mercados emergentes e uma nova geração que preza por hábitos mais saudáveis”, comenta Silva.
      De acordo com o levantamento, 58% das empresas de alimentos e bebidas pesquisadas acreditam que oferecer produtos que complementem um estilo de vida mais focado em saúde e bem estar é uma oportunidade para seus negócios expandirem. Além disso, 44% acreditam que a tendência crescente da demanda por comida pronta pode ser a chance de impulsionar as vendas.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

China registra novo caso de contaminação de alimentos

As autoridades de uma cidade do sul da China detectaram uma toxina cancerígena em amendoins e óleo de cozinha, o que se soma a um escândalo recente relacionado ao leite contaminado com melanina.


O órgão regulador de alimentos, em Shenzhen, informou que foram constatados níveis excessivos de aflatoxinas em amendoins vendidos em três estabelecimentos e no azeite de cozinha utilizado em quatro restaurantes, informou a agência estatal China Nova. A AFP tentou entrar em contacto com o Escritório da Supervisão de Mercados de Shenzhen, mas não obtive resposta.

O anúncio aconteceu depois da revelação, no final de semana passada, pela empresa de laticínios Mengniu, uma das líderes do setor, que as autoridades encontraram altos níveis de aflatoxinas em um lote de leite antes de ser posto à venda. A contaminação surgiu depois que vacas de uma criação do sudeste de China consumiram alimentos mofados.

As autoridades da província de Guangdong (onde fica Shenzhen) chegaram a retirar das prateleiras dos supermercados os óleos produzidos por três marcas, devido ao alto teor desta substância cancerígena.

As aflatoxinas, que afetam grãos e outros produtos agrícolas, podem aumentar o risco de câncer, principalmente o de fígado, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS).

A contaminação do leite foi um dos grandes escândalos que a China enfrentou em 2008. Na época, autoridades encontraram a substância melanina ilegalmente adicionada em produtos derivados do leite para dar aparência de conter alta proteína. Pelos menos seis crianças morreram e outras 300 mil ficaram doentes após tomarem o leite contaminado. As informações são da Dow Jones.



Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,china-registra-novo-caso-de-contaminacao-de-alimentos,817188,0.htm