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domingo, 29 de setembro de 2013

Mito ou realidade: vinho tinto faz bem à saúde?

    Há alguns anos se divulga que uma dose moderada de vinho tinto todos os dias faz bem à saúde. Não só para combater o câncer, mas também para reduzir o colesterol e evitar coágulos nos vasos sanguíneos.

Vinhos tintos fabricados sob modo de produção moderno 
não têm mesmo benefício, diz cientista.

    Mas estudos recentes questionam as evidências destes benefícios e apontam que eles podem estar restritos a vinhos caseiros ou fabricados seguindo um modo de produção tradicional.

    Embora os cientistas concordem que o consumo moderado de vinho tinto possa ajudar a proteger o coração, reduzir o colesterol "ruim" e prevenir o entupimento das veias e artérias, há divergências sobre o que está por trás desses benefícios.

    Recentemente, um grupo de cientistas tentou descobrir por que o vinho tinto caseiro feito no Uruguai é tão saudável e chegou a sequenciar o código genético da uva Tannat, usado na produção do vinho.

  Os especialistas identificaram uma alta quantidade de procianidina, uma classe de flavonoide, compostos químicos encontrados em frutas, vegetais, chás, cereais, cacau e soja com benefícios antioxidantes e para prevenção ao câncer que vêm sendo estudados há anos.

   Roger Corder, professor de terapias experimentais da Universidade Queen Mary, de Londres, é autor do livro The Red Wine Diet (A Dieta do Vinho Tinto, em tradução livre) e esteve por trás do estudo que pesquisou o vinho tinto uruguaio.

    Ele confirma que a uva Tannat contém um nível três ou quatro vezes maior de procianidinas do que a uva Cabernet Sauvignon.

  O pesquisador diz que estes compostos, aliados aos taninos (que combatem o envelhecimento das células e também são encontrados no vinho) seriam os grandes responsáveis pelos efeitos positivos do vinho tinto sobre a saúde.

Resveratrol

    Outros cientistas apontam para o papel do resveratrol, um composto encontrado na casca das uvas vermelhas.

    Saudado durante muitos anos como uma espécie de substância milagrosa, o resveratrol é um composto que, segundo os cientistas, poderia retardar o envelhecimento e combater o câncer e a obesidade.

    Até o momento, estudos feitos em laboratório revelaram resultados animadores em testes com camundongos, mas ainda não foram encontradas evidências sobre a eficiência do composto em humanos.

    Na Universidade de Leicester, na Inglaterra, testes com ratos indicaram que dois copos de vinho por dia podem reduzir a incidência de tumores nos intestinos - e o cientistas estudam maneiras de desenvolver o resveratrol como um composto isolado, para ser ingerido individualmente como uma droga para prevenir o câncer.

  Entretanto, para Roger Corder, da Universidade Queen Mary, de Londres, há pouca evidência sobre a importância do resveratrol.

    "É um mito que o resveratrol tenha qualquer coisa a ver com os benefícios do vinho tinto à saúde. A maioria dos vinhos tintos contém quantidades insignificantes de resveratrol e aqueles que possuem um pouco não contêm o suficiente para fazer qualquer efeito", diz.

    Ele diz que são as sementes, e não a casca da uva, que contêm o segredo do vinho tinto.

   Quando as uvas são fermentadas por diversas semanas ou mais, as sementes podem liberar flavonoides que evoluem como moléculas mais complexas.

    Mas a má notícia é que isso não acontece com todos os vinhos, diz o cientista, sugerindo que os grandes benefícios da bebida podem ser restritos a um modo de produção mais tradicional – semelhante ao vinho tinto caseiro uruguaio.

    "A maior parte dos vinhos modernos não usa esta técnica durante a fabricação", afirma o cientista, reforçando a necessidade do consumo moderado.

   "É muito difícil dizer que o vinho é uma bebida saudável quando as pessoas consomem muito álcool, na hora errado do dia e sem comer".

Câncer

    Para Emma Smith, do Cancer Research UK, centro britânico de pesquisas para o câncer, é um erro tomar vinho tinto achando que isto fará bem à saúde.

   "O vinho tinto contém uma quantidade muito pequena de resveratrol e as pessoas não deveriam beber vinho com a intenção de obter benefícios para a saúde", diz.

    Ela ressalta que tradicionalmente o álcool tem uma ligação negativa com o câncer.

    "É importante relembrar que, mesmo em quantias moderadas, o álcool aumenta o risco de vários tipos de câncer e estima-se que seja a causa de cerca de 12.500 casos de câncer na Grã-Bretanha todos os anos".

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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Uva roxa e mirtilo ajudam a melhorar defesas contra doenças, diz estudo

Compostos presentes nessas frutas impactam gene que atua na imunidade.
Equipe diz, porém, que benefícios no consumo precisam de comprovação.

Mirtilo (Foto:  Photo courtesy of US Department of Agriculture)
Composto do mirtilo foi analisado no estudo (Foto:
Photo courtesy of US Department of Agriculture)
Cientistas americanos analisaram 446 compostos de plantas para observar o estímulo ao sistema imunológico nos seres humanos e descobriram apenas dois que se destacaram: o resveratrol, encontrado em uvas roxas, e a pterostilbena, presente no mirtilo (blueberry).
Essas duas substâncias fazem parte do mesmo grupo, os estilbenoides, que atuam em conjunto com a vitamina D e têm um impacto significativo na expressão de um gene chamado CAMP, envolvido na função de defesa do organismo. Os resultados da pesquisa, apoiada pelo Instituto Nacional de Saúde (NIH) dos EUA, foram publicados na terça-feira (17) na revista "Molecular Nutrition and Food Research".
Segundo os cientistas do Instituto Linus Pauling, da Universidade do Oregon, onde ocorreu o estudo, a descoberta foi feita em culturas de células em laboratório e não é prova definitiva de que esse efeito poderá ser visto em um aumento do consumo. Apesar disso, os autores, liderados por Adrian Gombart, destacam o potencial que alguns alimentos concentram para melhorar a resposta imunológica.
Uva roxa contém resveratrol (Foto: Photo courtesy of US Department of Agriculture)Uva roxa tem substância chamada resveratrol (Foto:
Photo courtesy of US Department of Agriculture)
O resveratrol tem sido alvo de dezenas de estudos sobre inúmeros benefícios, desde à saúde do coração até contra o câncer ou inflamações. Mas, segundo os pesquisadores, esse é o primeiro trabalho a mostrar uma interação clara do composto com a vitamina D e a expressão do gene CAMP.
Esse gene também tem sido alvo de várias pesquisas, pois sabe-se que ele desempenha um papel-chave no sistema imunológico inato (que nasce com a pessoa), capaz de combater infecções bacterianas, por exemplo. Segundo os cientistas, é fundamental estudar essa resposta imune inata porque muitos antibióticos atualmente têm perdido eficácia e favorecido bactérias cada vez mais resistentes.
Para os pesquisadores, novos estudos também são necessários para entender melhor como a alimentação interfere no nosso sistema de defesa. Eles pretendem observar, ainda, se é possível usar compostos naturais para impulsionar a resposta imune inata.
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domingo, 22 de setembro de 2013

Como esta embalagem pode reduzir o desperdício de alimento

O FreshPaper é uma folha de papel repleta de especiarias orgânicas, que inibem o crescimento de bactérias e fungos e aumentam o prazo de validade em até 4 vezes.


Embalagem FreshPaper, vencedora do prêmio de design Index 2013

FreshPaper: um dos vencedores do Index 2013, que premia soluções para  desafios globais


Por ano, quase metade dos alimentos produzidos no mundo vão parar no lixo. Mas uma simples embalagem de papel pode ajudar a reduzir este desperdício.Trata-se do FreshPaper, um dos projetos vencedores do prêmio Index 2013, que reconhece as soluções de design sustentável para enfrentar desafios globais.
Desenvolvido pela jovem designer indiana Kavita Shukla, o FreshPaper é uma simples folha de papel repleta de especiarias orgânicas, que inibem o crescimento de bactérias e fungos, aumentando de duas a quatro vezes o prazo de validade de frutas e legumes e vegetais.
A ideia surgiu de uma dor de barriga, que não aconteceu. Explica-se. Há alguns anos, enquanto visitava familiares na Índia, a estudante acidentalmente bebeu um pouco de água da torneira. Preocupada, sua avó deu-lhe um "chá de especiarias", para evitar que a menina adoecesse. A fórmula bendita não só impediu que Kavita sofresse alguma infecção, como aguçou a curiosidade da jovem.
Depois de anos de experiências com as especiarias (começando com um projeto de ciências no ensino médio), ela descobriu uma nova aplicação do remédio - uma maneira surpreendentemente eficaz para manter os alimentos frescos.
Aos 17 anos, ela foi premiada com uma patente para o FreshPaper. Hoje, a embalagem está disponível nas lojas de todo o Estados Unidos, incluindo as gigantes Whole Foods e Wegmans, e é utilizada por s agricultores e famílias em mais de 35 países.
Agora, com sua empresa social a Fenugree, Kavita pretende usar os 100 mil euros que recebeu do Index, para aumentar a distribuição da embalagem na África e na Índia através de parcerias com ONGs e instituições de pesquisa.

Fonte: Revista Exame - 02/09/2013 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Pesquisadores descobrem possível gene ligado à anorexia

Segundo estudo, a doença pode estar relacionada a uma alteração no metabolismo do colesterol, capaz de afetar o humor e os hábitos alimentares

DNA


















Um grande estudo sobre as origens genéticas da anorexia nervosa mostrou que a doença pode estar relacionada a um gene que atua no processamento do colesterol, e que seria capaz de influenciar o humor e os hábitos alimentares dos pacientes.
“Essas descobertas apontam para uma direção que provavelmente ninguém considerou antes”, afirma Nicholas Schork, professor do Instituto de Pesquisa Scripps, nos Estados Unidos, que participou do estudo, publicado na semana passada no periódico Molecular Psychiatry.
A anorexia é um distúrbio psiquiátrico que afeta principalmente mulheres jovens. Pessoas nessa condição tendem a restringir sua alimentação e, mesmo se tornando extremamente magras, têm uma visão distorcida sobre elas mesmas, frequentemente acreditando estar acima do peso. Segundo Walter Kaye, coautor do estudo e professor da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a anorexia pode estar relacionada à ansiedade e depressão.
A forma como a doença se desenvolve ainda não é totalmente compreendida pelos pesquisadores. Fatores culturais, estresse, puberdade e relações sociais parecem influenciar o quadro, mas estudos com gêmeos sugerem que a genética também desempenha um papel de grande importância.
Pesquisa – No estudo atual, o maior sequenciamento já feito da anorexia, foram utilizadas informações genéticas de mais de 1.200 pacientes com anorexia e quase 2.000 pessoas que não tinham a doença, e serviram como grupo de controle.
Primeiro, foram selecionados 150 genes que já haviam sido relacionados aos hábitos alimentares ou à anorexia em estudos anteriores. Um dos que apresentou um sinal mais forte de ligação com a doença foi o gene EPHX2, que codifica uma enzima responsável por regular o metabolismo do colesterol. Os pesquisadores então realizaram diversos testes, com métodos de análise genética distintos, e continuaram a encontrar o mesmo resultado: algumas variações desse gene ocorrem com mais frequência em pessoas com a anorexia.
Explicações – Os pesquisadores ainda não descobriram como mudanças no metabolismo do colesterol  podem levar à anorexia, mas observaram que pessoas com essa doença apresentam níveis de colesterol elevados, mesmo sendo muito magras. Com base em evidências de que o nível da substância no sangue está associado ao humor, uma hipótese desenvolvida pelos pesquisadores é que algumas pessoas com anorexia de origem genética podem experimentar melhoras no humor ocasionadas pela elevação do colesterol que ocorre quando elas não se alimentam.
“Essa hipótese seria de que em algumas pessoas com anorexia o metabolismo do colesterol é alterado, o que pode influenciar tanto seu humor quanto sua capacidade de sobreviver apesar das restrições calóricas severas”, afirma Schork.

domingo, 15 de setembro de 2013

Senado aprova veto a alimento não saudável em escolas

Proposta tramita em caráter terminativo e agora segue para análise da Câmara; texto pode determinar a proibição de refrigerantes e frituras

Gabriel Castro, de Brasília

Hamburguer

A Comissão de Assuntos Sociais do Senado aprovou uma proposta que proíbe a venda de alimentos considerados não saudáveis em escolas do país. Como tramita em caráter terminativo, o texto segue direto para a Câmara dos Deputados - a não ser que algum parlamentar peça a apreciação pelo plenário do Senado. A votação foi unânime.
O projeto veta o comércio de “bebidas com baixo teor nutricional e alimentos com quantidades elevadas de açúcar, de gordura saturada, de gordura trans ou de sódio”. A proposta não especifica quais itens ficam proibidos e diz apenas que esse detalhamento será feito em regulamentação posterior. Mas o texto abre a possibilidade de que refrigerantes, salgadinhos, bolachas e frituras sejam vetados.
Os estabelecimentos que descumprirem as normas não terão o alvará de funcionamento renovado.
O texto é do senador Paulo Paim (PT-RS), que recebeu o sinal verde da Casa Civil e do Ministério da Educação. “Nada é mais justo do que, na escola, um ambiente em que se faz a formação das pessoas, estimular a alimentação saudável”, argumentou Ângela Portela (PT-RR), relatora da proposta. 
O senador Romero Jucá (PMDB-RR) ainda apresentou emendas que restringiam, em vez de proibir, a presença desses itens nas cantinas. Mas o peemedebista, que não estava presente, acabou derrotado pelo voto de todos os integrantes da comissão.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Desperdício de alimento é terceiro maior emissor de CO2 do mundo

Uso mais eficiente dos alimentos poderia ajudar no combate a aquecimento. Um terço de todos os alimentos para consumo humano é desperdiçado.

A comida desperdiçada no mundo responde por mais emissões de gases causadores de efeito estufa do que qualquer país, exceto China e Estados Unidos, disse a ONU em um relatório divulgado nesta quarta-feira (11).
Todos os anos, cerca de um terço de todos os alimentos para consumo humano, aproximadamente de 1,3 bilhão de toneladas, é desperdiçado, juntamente com toda a energia, água e produtos químicos necessários para produzi-la e descartá-la.
Quase 30% das terras agrícolas do mundo, e um volume de água equivalente à vazão anual do rio Volga, são usadas em vão.
No seu relatório intitulado "A Pegada do Desperdício Alimentar", a Organização das Nações Unidas para Agricultura e a Alimentação (FAO) estima que a emissão de carbono dos alimentos desperdiçados equivale a 3,3 bilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano.
Se fosse um país, seria o terceiro maior emissor do mundo, depois da China e dos Estados Unidos, sugerindo que um uso mais eficiente dos alimentos poderia contribuir substancialmente para os esforços globais para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e diminuir o aquecimento global.
No mundo industrializado, a maior parte do lixo vem de consumidores que compram muito e jogam fora o que não comem. Nos países em desenvolvimento, a causa principal é a agricultura ineficiente e falta de instalações de armazenamento adequadas.
"A redução de desperdício de alimentos não só evitaria a pressão sobre recursos naturais escassos, mas também diminuiria a necessidade de aumentar a produção de alimentos em 60 por cento, a fim de atender a demanda da população em 2050", diz a FAO.
A organização sugere que se melhore a comunicação entre produtores e consumidores para gerenciar a cadeia de suprimentos de forma mais eficiente, bem como investir mais na colheita, resfriamento e métodos de embalagem.
A FAO também disse que os consumidores no mundo desenvolvido devem ser encorajados a servir pequenas porções e fazer mais uso das sobras. As empresas devem dar comida excedente para instituições de caridade, e desenvolver alternativas para o despejo de resíduos orgânicos em aterros sanitários.
A FAO estima o custo do desperdício de alimentos, excluindo os peixes e frutos do mar, em cerca de 750 bilhões de dólares por ano, com base em preços de produção.
O desperdício de alimentos consome cerca de 250 quilômetros cúbicos de água e ocupa cerca de 1,4 bilhão de hectares- grande parte de hábitat natural transformado para tornar-se arável.

sábado, 7 de setembro de 2013

Suco de fruta pode aumentar risco de diabetes

Mirtilo - Foto: Arria Belli
      Comer mais frutas, particularmente mirtilos (as blueberries), maçãs e uvas tende a reduzir o risco de desenvolvimento de diabetes do tipo 2, segundo um estudo publicado no British Medical Journal.

      No entanto, tomar de sucos de frutas pela manhã, tido por muitos como um hábito saudável, aumenta os riscos da doença, devido à maior quantidade de açúcar (um suco leva mais frutas do que as regularmente ingeridas em estado bruto) e à rápida absorção pelo corpo.

      O mirtilo diminui o risco de diabetes tipo 2 em 26%, enquanto outras frutas, servidas em três porções diárias, reduzem em 2%.

      A pesquisa acompanhou a dieta de 187 mil pessoas nos Estados Unidos. Destas, 6,5% desenvolveram a doença.

      A diabetes tipo 2 corresponde a 90% dos casos da doença, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes.

      Os pesquisadores usaram questionários para observar a frequência do consumo de frutas e quais as porções.

      As frutas em questão eram uvas ou passas, pêssego, ameixa, damascos, pera, maçã, laranjas, toranja (grapefruit), morangos e mirtilos.

      A análise dos dados recolhidos mostraram que três porções semanais de mirtilo, uva, passas, maçã e peras reduziam significativamente o risco do tipo 2 da doença.


Níveis de açúcar

      De acordo com o estudo publicado, "frutas têm componentes altamente variáveis de fibra, antioxidantes, outros nutrientes e fitoquímicos que, juntos, influenciam o risco".

      No entanto, quando observado o impacto de sucos de frutas, os pesquisadores chegaram a um leve aumento do risco de diabetes tipo 2, contra a redução provocada pela ingestão de frutas sólidas.

      Substituindo-se sucos de frutas por mirtilos inteiros corta o risco em até 33%; com uvas e passas, em até 19%; por peras e maçãs, em até 13% - e por uma combinação de frutas, em até 7%.

      A substituição de sucos por laranjas, pêssegos, ameixas e damascos leva a resultado similar.

      "Ao fazermos um suco, separamos a (polpa) fruta de seus fluidos, que são absorvidos mais rapidamente, aumentando os níveis de açúcar e insulina no sangue para conter os açúcares", explica Qi Sun, autor do estudo e professor na Harvard School of Public Health.

      "Para diminuir o risco de diabetes tipo 2, o ideal seria diminuir o consumo de sucos e aumentar o de frutas", aconselha.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Ovo faz bem para a visão e cérebro e pode ajudar na recuperação muscular

Consumir ovo pode evitar doenças degenerativas, como o mal de Alzheimer.
No entanto, é preciso aquecê-lo bastante para reduzir o risco de salmonela.


        O ovo é um alimento presente no cardápio do brasileiro – em 2012, o país produziu 32 bilhões de ovos e cada brasileiro consome, em média, 162 ovos por ano, o que equivale a quase um ovo a cada dois dias.
        Atualmente, é reconhecido como uma importante fonte de proteína e nutrientes, além de ser um alimento que pode fazer bem para a visão, cérebro e recuperação muscular, como explicaram a pediatra Ana Escobar, a nutricionista Lara Natacci e o veterinário especialista em ovo José Roberto Bottura no Bem Estar desta segunda-feira (2).
        Entre as substâncias presentes no ovo, está a colina, necessária para funções básicas do corpo, como o funcionamento das células, do fígado e o transporte dos nutrientes.
        Embora a colina seja produzida pelo organismo, essa produção não é adequada para atingir a necessidade diária e, por isso, ela precisa ser consumida na dieta. De acordo com a pediatra Ana Escobar, essa substância faz bem para o cérebro e pode evitar doenças degenerativas, como Alzheimer e Mal de Parkinson.
        A colina está presente na gema, mas vale lembrar que há diferenças na cor da gema - segundo o o veterinário especialista em ovo José Roberto Bottura, a gema fica mais amarela dependendo da quantidade de milho que o animal come.
        Rico em carotenoides, antioxidantes bons para a visão, o milho está mais presente no ovo caipira, como explicou a nutricionista Lara Natacci, e por isso, esse tipo de ovo pode ajudar a evitar problemas nos olhos, especialmente em pessoas mais velhas.        Na clara, há a presença da abulmina, uma das principais proteínas do corpo, responsável pelo transporte de nutrientes, controle da distribuição de líquido pelo organismo e também pela recuperação muscular. Segundo a nutricionista Lara Natacci, quando a pessoa faz atividade física, o músculo sofre pequenas lesões, que são reparadas durante a noite, e a abulmina ajuda nesse processo.
        Os especialistas falaram também sobre a salmonela, uma bactéria que pode causar infecção.        Para quem gosta de comer ovo com gema mole, é preciso tomar cuidado já que na hora do preparo, ele só atinge 65 °C e a samonela morre a 70 °C. Por isso, caso a pessoa queira comer a gema mole, ela precisa comprar um ovo de um produtor de sua confiança e aquecê-lo bastante para matar essa bactéria.        Na hora de armazená-lo, o melhor lugar é a geladeira - de acordo com o veterinário José Roberto Bottura, o ovo pode ser colocado na porta da geladeira, mas se a família abrir muito a porta, a variação da temperatura pode prejudicar a conservação dos nutrientes e, por isso, o ideal é guardar na prateleira interna.
        Se não der, o ovo pode ser armazenado em um outro lugar fresco e arejado. De acordo com a nutricionista Lara Natacci, é preciso tomar cuidado ainda com a forma de preparo do ovo. Se é frito ou mexido, há adição de gorduras, o que aumenta as calorias e pode também elevar o colesterol.

        Para quem tem colesterol alto, a recomendação é ingerir ovo de 2 a 3 vezes por semana; já quem não tem o problema pode comer 1 ovo por dia, como lembrou a pediatra Ana Escobar. Entre os ovos, o que tem menos gordura é o de codorna; o ovo de granja tem menos calorias; e o ovo de pata tem mais vitamina B12.

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