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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Bruxelas anuncia legislação para restringir clonagem e facilitar comércio de novos alimentos

A Comissão Europeia anunciou hoje três projetos legislativos para proibir a clonagem de animais para fins de exploração agroalimentar e facilitar os procedimentos de autorização de novos alimentos e a sua a entrada no mercado.
Segundo Bruxelas, duas das propostas proíbem a utilização da técnica da clonagem na União Europeia aplicável aos animais de exploração (de espécie bovina, suína, caprina, equina e ovina) e as importações dos animais clonados, tal como a comercialização de alimentos provenientes de clones animais.
Estas alterações legislativas revêm ainda o atual regulamento relativo a novos alimentos, "com vista a melhorar o acesso de produtos alimentares novos e inovadores ao mercado da União Europeia".
A Comissão Europeia considera como "novos" os alimentos que não eram consumidos no espaço europeu numa medida significativa antes de maio de 1997, ou seja, antes da entrada em vigor do atual regulamento.
O comissário da Saúde, Tonio Borg, afirmou que estas iniciativas "respondem às preocupações em matéria de bem-estar animal, bem como à percepção dos consumidores em matéria de alimentos provenientes de clones animais de uma maneira realista e viável".
"As alterações sobre os novos alimentos criarão um sistema mais eficaz, proporcionarão aos consumidores o benefício de uma ampla escolha de gêneros alimentícios e um ambiente favorável para a indústria alimentar europeia", acrescentou o responsável europeu.
O Parlamento Europeu e o Conselho irão agora discutir os projetos da Comissão e apresentar as suas posições, estimando-se que a nova legislação entrará em vigor em 2016, "na melhor das hipóteses".

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domingo, 1 de dezembro de 2013

Embrapa quer desenvolver alface com mais vitamina para tratar depressão

     Pesquisadores da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) de Brasília estão tentando desenvolver um alface com nível mais alto de folato, ou vitamina B9, para prevenir e tratar a depressão. Experimentos com foco no aumento desse nutriente já têm sido feitos para prevenção de casos de anencefalia e de má formação do tubo neural.

     As pesquisas com o folato na alface são coordenadas pelo pesquisador Francisco Aragão, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, que apresentou na Embrapa Hortaliças, em setembro de 2012, seminário sobre o trabalho que vinha desenvolvendo para modificar geneticamente uma variedade de alface visando aumentar a presença da vitamina por meio do processo de biofortificação.

     Ao assistir a apresentação, a pesquisadora Leonora Mattos, também da Embrapa, percebeu que as pesquisas tinham semelhanças com a que ela vinha desenvolvendo com a abóbora. Ambos decidiram, então, atuar em conjunto e ampliar o foco inicial - além das mulheres grávidas, a depressão também iria fazer parte dos testes com alface biofortificada.

     O folato, sal do ácido fólico, já existe no alface, mas em pequena quantidade. Segundo a pesquisadora, trabalhos indicam que o nutriente tem efeito positivo nos casos de depressão.

     Os trabalhos contam com a participação do Departamento de Nutrição Humana da Universidade de Brasília (UnB). Testes com alface já foram feitos in vitro. Agora, devem ser iniciados estudos com ratos.