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sábado, 25 de maio de 2013

Brasil é o sexto país que mais usa pesticida no mundo

Pesquisa sobre o uso de agrotóxicos no mundo mostra o Japão na liderança do ranking, quando considerado o volume de investimento em dólares por tonelada de alimento produzido. Brasil aparece em sexto lugar.
Quando considerado o investimento em dólares por tonelada de alimento produzido, o Japão é líder mundial no consumo de agrotóxicos, segundo estudo feito pela consultoria alemã Kleffmann, encomendado pela Associação Brasileira de Agronegócio (Abag). O Brasil aparece em sexto lugar no levantamento realizado em 2009.
Segundo a Anvisa, responsável por analisar o uso de agrotóxicos e conceder registro no Brasil, juntamente o com o Ministério da Agricultura e o Ibama, os níveis de resíduos de agrotóxicos nos alimentos consumidos no Brasil não são exatamente altos. Para a entidade, o que são altos são os níveis de irregularidades encontradas.
O Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos apontou o uso de substâncias não autorizadas na cultura alimentar como a principal irregularidade observada. O controle ineficaz do nível de agrotóxico no varejo é um dos principais responsáveis para essa situação, aliado a outros fatores, na avaliação da entidade, como o baixo nível de conscientização de alguns produtores.
De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), pesticidas são potencialmente tóxicos para outros organismos, incluindo seres humanos.Para a Anvisa, o uso descontrolado de agrotóxicos pode trazer sérios riscos à saúde. Entre os principais problemas estão efeitos neurotóxicos, que afetam os sistemas nervoso e imunológico, problemas respiratórios e o desenvolvimento de alergias, problemas renais, hepáticos e até mesmo câncer.
Ranking:
1: Japão,  2: França,  3: Comunidade Européia,  4: Argentina,  5: Estados Unidos,  6: Brasil.

Fonte:

domingo, 19 de maio de 2013

FAO sugere consumo de insetos para combater a fome


A Organização das Nações Unidas (ONU) tem novas armas para combater a fome, melhorar a nutrição e reduzir a poluição. Na verdade, elas podem estar rastejando ou voando perto de você agora mesmo: são os insetos comestíveis.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, conhecida pelas iniciais em inglês FAO, declarou que gafanhotos, formigas e outros membros do mundo dos insetos são subutilizados na alimentação de pessoas, de animais de estimação e na pecuária.
Em um relatório de 200 páginas divulgado nesta segunda-feira em Roma, a FAO observa que 2 bilhões de pessoas em todo o mundo já suplementam suas dietas com insetos, que têm alta porcentagem de proteínas e minerais e trazem benefícios ao ambiente.
Os insetos são "extremamente eficientes" na conversão de ração em carne comestível, diz a agência. Na média, ele podem converter 2kg de ração em 1kg de massa. Em comparação, o gado exige 8kg de ração para produzir 1kg de carne.
"A maioria dos insetos tende a produzir menos gases causadores do efeito estufa, altamente nocivos ao ambiente, além de se alimentarem de resíduos e lixo humano, compostagem e chorume animal e alimentos", argumentou a agência.
Atualmente, a maioria dos insetos comestíveis são recolhidos em florestas. A maior parte da produção em escala é geralmente familiar e atende a nichos de mercado específicos, mas a ONU diz que a mecanização pode elevar a produção, lembrando que a indústria de iscas para pesca há muito tempo produz insetos.
A produção de insetos é "uma das várias formas de abordar a alimentação e a segurança alimentar", prossegue a agência.
"Os insetos estão em todo lugar e se reproduzem rapidamente", afirmou a FAO, acrescentando que eles deixam "uma pequena pegada ambiental". Eles fornecem proteínas e nutrientes de alta qualidade na comparação com carne e peixe e são "particularmente importantes como suplemento alimentar para crianças subnutridas", diz o documento.
Os insetos também podem ser ricos em cobre, ferro, magnésio, manganês, fósforo, selênio e zinco, além se ser uma fonte de fibra.
A FAO lembrou que seu Programa de Insetos Comestíveis também examina o potencial dos aracnídeos, tais como aranhas e escorpiões, embora eles não sejam estritamente considerados insetos.
Biólogos têm analisado o valor nutricional dos insetos comestíveis e alguns deles, como certos besouros, formigas, grilos e gafanhotos chegam perto da carne vermelha magra ou do peixe assado em termos de quantidade de proteínas por grama.
Mas eles são saborosos? O relatório lembra que algumas lagartas no sul da África e ovos de formigas tecelãs no sudeste da Ásia são considerados iguarias e atingem altos preços.
E muitas pessoas que podem não gostar da ideia de consumir insetos podem já tê-los ingerido em algum momento na vida, já que muitos são engolidos inadvertidamente. As informações são da Associated Press.

Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,fao-sugere-consumo-de-insetos-para-combater-a-fome,1031400,0.htm

sexta-feira, 17 de maio de 2013


FDA alerta incorporação da cafeína em alimentos e guloseimas

O diretor adjunto da FDA, Michael Taylor, considerou "muito preocupante" o aumento cada vez maior do número de alimentos aos quais é adicionada cafeína


"Temos a impressão de que alguns grupos da indústria da alimentação seguem um caminho potencialmente perigoso", disse Taylor ao site da FDA na internet
A agência encarregada de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos (FDA) considerou "perigosa" a incorporação da cafeína em alimentos, guloseimas e gomas de mascar, pedindo à indústria alimentícia que atue com moderação no que diz respeito a esta prática.
O diretor adjunto da FDA, Michael Taylor, considerou "muito preocupante" o aumento cada vez maior do número de alimentos aos quais é adicionada cafeína - à exceção das bebidas -, após o anúncio do lançamento pelo grupo Mars de uma versão com cafeína da goma de mascar Wrigley.
Nas últimas semanas, as lojas dos Estados Unidos receberam vários produtos novos com adição de cafeína, entre eles xarope para panquecas, aveia, biscoitos, batatas fritas ou sementes de girassol.
"Temos a impressão de que alguns grupos da indústria da alimentação seguem um caminho potencialmente perigoso", disse Taylor ao site da FDA na internet. "Esta goma de mascar (lançada pela Mars) é só o último exemplo desta moda de adicionar cafeína aos alimentos", acrescentou.
"Um pacote desta goma de mascar equivale a ter quatro xícaras de café no bolso", afirmou.
"Nossa preocupação está relacionada com o fato de ver a cafeína em uma série de produtos que podem atrair crianças e adolescentes, sem nenhuma consideração pelas consequências que isto pode ter", continuou o diretor adjunto da FDA.
A agência não regula o consumo de cafeína desde que permitiu sua incorporação em refrescos na década de 1950, lembrou Taylor, afirmando que as normas atualmente em vigor "não preveem a proliferação atual de produtos com cafeína".
Em 2010, a FDA proibiu adicionar cafeína às bebidas alcoólicas e no final do ano passado questionou a alta concentração de cafeína em bebidas energéticas, depois que várias mortes foram aparentemente associadas ao seu consumo.
Taylor pediu à indústria que atue com moderação enquanto a FDA estuda o tema. "Esperamos que este possa ser um ponto de inflexão para evitar a adição irresponsável de cafeína nos alimentos e bebidas", disse.

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Anvisa vai criar regras para recall de alimentos


LÍGIA FORMENTI - O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai regulamentar o recall de produtos alimentícios no País. O texto que servirá de base para a resolução obriga as empresas a comunicarem ao órgão problemas constatados em seus produtos e dá poderes para que a agência aponte prazos para o recolhimento de alimentos e a forma como a companhia deverá informar problemas para os consumidores.
"A Anvisa não dispõe no momento de instrumentos necessários para garantir que a empresa comunique a população sobre eventuais problemas com alimentos", afirma o diretor da agência, José Agenor Álvares.
No caso da recente contaminação do suco Ades, a Unilever não era obrigada a informar a agência sobre o desvio de produção. "Não fomos comunicados. A informação foi dada num primeiro momento para o Departamento de Proteção de Defesa do Consumidor", contou Álvares.
No fim de fevereiro, uma falha em uma das 11 linhas da fábrica de Pouso Alegre da Unilever fez com que 96 embalagens de 1,5 litro do suco de maçã Ades fossem envasadas com soda cáustica e água. Quando ingerido, o líquido provoca queimaduras.
A agência ficou sabendo do problema por meio da imprensa. "O episódio reforçou a necessidade de regras claras para os casos de desvios de produção", disse Álvares, que estuda estender a iniciativa a outros produtos regulados pela agência.
Pelo menos 14 pessoas entraram em contato com a fabricante relatando problemas provocados pelo consumo do produto. Para Álvares, a forma como a população foi informada sobre a contaminação também deixou a desejar. "Daí a importância de a Anvisa verificar também a forma como as informações são prestadas à comunidade."
Cronograma. A minuta da proposta será apresentada na próxima reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa, programada para terça. O texto, depois de aprovado pela diretoria e pela consultoria jurídica da agência, vai para consulta pública. A expectativa é de que o texto final seja publicado em até quatro meses.
O diretor da agência defendeu também a definição de mecanismos para garantir que o recolhimento do produto seja feito de forma adequada, num prazo razoável. "Não vamos delimitar um período. Isso vai depender de cada caso, mas é preciso que haja regras. O objetivo é que produtos sejam retirados o mais rapidamente possível."
O texto também prevê punições em caso de desrespeito. Os mecanismos existentes hoje permitem que as multas cheguem a R$ 1,5 milhão. Na reunião de terça-feira também será discutida uma proposta de resolução com regras para regulamentar o acesso e o fornecimento de remédios em investigação clínica.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Feijão deve tomar o lugar do tomate como novo vilão da inflação


Alta nos preços de alimentos não dará trégua, projeta economista


As refeições dos brasileiros deverão continuar caras. Depois do aumento da salada puxada pela disparada do preço do tomate, será a vez do feijão ganhar peso no orçamento do consumidor.
É que, segundo o economista e sócio-diretor da Global Financial Advisor, Miguel Daoud, o tomate pode sair de cena na pressão inflacionária de hortaliças e verduras, mas o feijão tomará o lugar de vilão da inflação no grupo alimentar de grãos ao longo das próximas semanas.
– A inflação de alimentos não vai dar sossego. O preço do feijão já está subindo – alertou Daoud.
Segundo o especialista, o aumento de preço está ligado ao fato de o governo, via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), não ter reunido condições para fazer preço mínimo (estocagem) no ano passado. Isso ocorreu porque, conforme Daoud, o valor do saco de feijão no atacado permaneceu durante todo o ano de 2012 acima do preço do mínimo.
O economista explica que a questão nem passa pelo peso do produto na composição do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (somados, os feijões carioca, mulatinho, preto e fradinho representam 0,43% do indicador). O problema, explica o especialista, é que, por ser um produto frequente na dieta diária do brasileiro, o feijão tem poder para disseminar inflação por toda a refeição dentro e fora do domicílio.
– Uma inflação desta natureza acaba se espalhando porque atinge o orçamento das pessoas comuns – observou Daoud.
Na ponta do consumidor, segundo mostrou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na segunda quadrissemana, período de 30 dias encerrados no último dia 15, o preço do feijão subiu 5,06%.
Em alta
No Paraná, maior produtor de feijão no país, o preço da saca de 30 quilos do grão subiu 25,85%, para R$ 154,66, no período de 8 a 11 de abril em relação à semana anterior.
A safra 2012/2013 poderá chegar a 2,987 milhões de toneladas, alta de 2,3% em comparação com 2,919 milhões de toneladas no período anterior.
Além disso, a Conab informou que a produção tende a ser menor nos próximos levantamentos, em razão do "clima chuvoso no sul do país e seco no Nordeste".
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2013/04/feijao-deve-tomar-o-lugar-do-tomate-como-novo-vilao-da-inflacao-4113885.html