Páginas

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Feijão deve tomar o lugar do tomate como novo vilão da inflação


Alta nos preços de alimentos não dará trégua, projeta economista


As refeições dos brasileiros deverão continuar caras. Depois do aumento da salada puxada pela disparada do preço do tomate, será a vez do feijão ganhar peso no orçamento do consumidor.
É que, segundo o economista e sócio-diretor da Global Financial Advisor, Miguel Daoud, o tomate pode sair de cena na pressão inflacionária de hortaliças e verduras, mas o feijão tomará o lugar de vilão da inflação no grupo alimentar de grãos ao longo das próximas semanas.
– A inflação de alimentos não vai dar sossego. O preço do feijão já está subindo – alertou Daoud.
Segundo o especialista, o aumento de preço está ligado ao fato de o governo, via Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), não ter reunido condições para fazer preço mínimo (estocagem) no ano passado. Isso ocorreu porque, conforme Daoud, o valor do saco de feijão no atacado permaneceu durante todo o ano de 2012 acima do preço do mínimo.
O economista explica que a questão nem passa pelo peso do produto na composição do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (somados, os feijões carioca, mulatinho, preto e fradinho representam 0,43% do indicador). O problema, explica o especialista, é que, por ser um produto frequente na dieta diária do brasileiro, o feijão tem poder para disseminar inflação por toda a refeição dentro e fora do domicílio.
– Uma inflação desta natureza acaba se espalhando porque atinge o orçamento das pessoas comuns – observou Daoud.
Na ponta do consumidor, segundo mostrou o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), na segunda quadrissemana, período de 30 dias encerrados no último dia 15, o preço do feijão subiu 5,06%.
Em alta
No Paraná, maior produtor de feijão no país, o preço da saca de 30 quilos do grão subiu 25,85%, para R$ 154,66, no período de 8 a 11 de abril em relação à semana anterior.
A safra 2012/2013 poderá chegar a 2,987 milhões de toneladas, alta de 2,3% em comparação com 2,919 milhões de toneladas no período anterior.
Além disso, a Conab informou que a produção tende a ser menor nos próximos levantamentos, em razão do "clima chuvoso no sul do país e seco no Nordeste".
Fonte: http://zerohora.clicrbs.com.br/rs/economia/noticia/2013/04/feijao-deve-tomar-o-lugar-do-tomate-como-novo-vilao-da-inflacao-4113885.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário