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terça-feira, 16 de julho de 2013

Guia quer educar a população para que se atente ao valor nutricional dos alimentos

Mudança busca adequar a dieta aos hábitos alimentares do brasileiro e valorizar produtos regionais

Guia quer educar a população para que se atente ao valor nutricional dos alimentos Reprodução/Departamento de Nutrição da USP
Foto: Reprodução / Departamento de Nutrição da USP






A pirâmide alimentar que norteia o Guia Alimentar Brasileiro do Ministério da Saúde está mudando. Foram inseridos novos alimentos com alto valor nutricional, com o objetivo de adequar a dieta à realidade e aos hábitos alimentares do brasileiro, fornecer à população informações nutricionais de modo acessível e valorizar os produtos regionais. 

A nova pirâmide, apresentada no final de junho no 5° Congresso Brasileiro de Nutrição Integrada (CBNI), foi elaborada pela equipe da pesquisadora Sonia Philippi, do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública da USP. 

— Os hábitos alimentares dos brasileiros mudaram, contribuindo para o aumento da obesidade no país. O objetivo da readequação não foi apenas se adaptar a essa nova realidade e à disponibilidade de alimentos, mas também educar a população para que se atente ao valor nutricional de cada alimento — diz Sonia. 

Dados do IBGE e do Ministério da Saúde indicam que o peso dos brasileiros vem aumentando preocupantemente. O percentual de homens adultos com excesso de peso saltou de 18,5% para 50,1%, enquanto o índice de acima do peso passou de 28,7% para 48%. 

O que mudou
No desenho atual, os alimentos estão distribuídos em oito grupos e quatro níveis, conforme o nutriente que mais se destaca na sua composição. Para cada grupo são estabelecidos valores energéticos, fixados em função da dieta e das quantidades dos alimentos, permitindo estabelecer os equivalentes em energia (kcal). 

Uma alimentação saudável deve ser composta por quatro a seis refeições diárias, distribuídas em três refeições principais (café da manhã, almoço, jantar), com 15% a 35% das recomendações diárias de energia, e em até três lanches intermediários (manhã, tarde e noite), com 5% a 15% das recomendações diárias de energia.

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