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quinta-feira, 30 de junho de 2011

Nova Classe de Alimentos

Versões altamente processadas dos alimentos tendem a ser mais calóricas e potencialmente mais perigosas à saúde do que a forma original dessas comidas. Consumir um pêssego fresco é, por exemplo, mais saudável do que ingerir a fruta em conserva. Com base nesse raciocínio, pesquisadores brasileiros encabeçados por Carlos Augusto Monteiro, da Universidade de São Paulo, propõem uma nova forma de classificar os alimentos: em três categorias, e não mais duas (Cadernos de Sáude Pública, novembro de 2010). O principal parâmetro considerado é o grau de processamento. Produtos pouco ou não processados - frutas frescas, vegetais, grãos, carnes, leite, sucos naturais - formam o primeiro grupo. O segundo é composto por alimentos manipulados que entram em preparações culinárias, como farinhas, manteigas, óleos vegetais, sal, açúcar e certas massas. A novidade é o terceiro nível, dos extremamente processados, que deveriam ser ingeridos com moderação (pães, queijos, chocolates, refrigerantes e embutidos). O grupo de Monteiro aplicou essa classificação a um levantamento do IBGE feito em 48 mil domicílios e constatou que os alimentos do primeiro contribuem com 42,5% das calorias ingeridas diariamente pelo brasileiro. os do segundo com 37,5%; e os do terceiro com 20%. A participação dos alimentos altamente processados foi maior entre os mais ricos.

Revista Pesquisa FAPESP - março 2011 - nº 181 

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