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quinta-feira, 22 de março de 2012

FAO pede que o mundo reduza desperdício de água e de alimentos


22/03/2012 15h04 - Atualizado em 22/03/2012 15h05


Organização calcula que 1 bilhão de toneladas de comida é desperdiçada.
Redução dessas perdas permitiria economizar água.

Da France Presse

A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) pediu à comunidade internacional para reduzir o desperdício de água, por ocasião da comemoração do Dia Mundial da Água, nesta quinta-feira (22).
Segundo a entidade, cuja sede fica em Roma, calcula-se que a cada ano sejam desperdiçados cerca de 1,3 bilhão de toneladas de alimentos e que uma redução de 50% nessas perdas e do desperdício de alimentos em nível mundial permitiria economizar cerca de 1.350 km³ de água a cada ano.
"A agricultura e a segurança hídrica estão interconectadas", afirma a FAO. "Cerca de 1,6 bilhão de pessoas vivem em países ou regiões com absoluta escassez de água e em 2025 dois terços da população do planeta poderiam viver sob condições de estresse hídrico", calcula a agência especializada das Nações Unidas.
O desperdício de água na produção alimentar preocupa as autoridades internacionais. Se uma pessoa bebe uma média de 2 a 4 litros de água por dia, são necessários de 2.000 a 5.000 litros de água para produzir os alimentos que consome em um dia.
"A agricultura é responsável por 70% do total do consumo de água potável e água subterrânea em nível mundial", enfatiza a entidade, que organizou uma cerimônia em sua sede central de Roma.
água na índia (Foto: Anupam Nath/AP)FAO manifetou preocupação com desperdício de água para produzir alimentos e os impactos que isto pode ter no abastecimento de água da população mundial (Foto: Anupam Nath/AP)
Fome
O êxito na luta contra a fome depende de um melhor uso da água, sustenta a agência, que pede uma melhor gestão de "certos recursos hídricos limitados" para alimentar o planeta. Em uma declaração lida no començo da cerimônia, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu "um uso sustentável" do recurso limitado mais importante no mundo.
"A menos que aumentemos nossa capacidade de utilizar a água sabiamente na agricultura, não conseguiremos acabar com a fome nem com uma série de problemas diversos, como a seca e a instabilidade política", alertou Ban Ki-moon.
Segundo a ONU, em muitas partes do mundo, a escassez de água está aumentando e a taxa de crescimento da produção agrícola desacelerou, explicou o responsável da ONU.
Ao mesmo tempo, as mudanças climáticas estão agravando os riscos e a incerteza entre os agricultores, "em especial os agricultores pobres nos países de baixa renda, que são mais vulneráveis e os menos capazes de se adaptar".
O dirigente da ONU considera que garantir a segurança alimentar e hídrica sustentável para todos "requerirá a transferência das tecnologias hídricas adequadas, a promoção dos pequenos produtores de alimentos e a conservação dos serviços ecossistêmicos essenciais".
Ki-moon pediu também políticas que promovam o direito à água para todos, uma maior capacidade regulatória e igualdade de gênero. "A água desempenhará um papel-chave na construção do futuro que queremos", disse.
Todo dia 22 de março, a aliança ONU-Água, da qual participam 28 organismos das Nações Unidas, comemora o Dia Mundial da Água como forma de chamar atenção da opinião pública sobre a necessidade de gerir de forma sustentável os recursos hídricos.

segunda-feira, 19 de março de 2012

Setor de alimentos é o mais rentável e químico, o menos




Na pesquisa com 153 empresas, as de alimentos e bebidas tiveram rentabilidade de 30,5% no ano passado; setor químico ganhou 2,1%





LEANDRO MODÉ - O Estado de S.Paulo

O levantamento da empresa de informações financeiras Economática sobre a rentabilidade das companhias brasileiras de capital aberto em 2011 tem como destaque, do lado positivo, o setor de alimentos e bebidas, com 30,5%. O pior desempenho é o do setor químico, com ganho sobre o patrimônio de apenas 2,1%.

A pesquisa inclui as 153 empresas que já haviam divulgado balanço até o meio da semana. Outras cem, aproximadamente, devem divulgar os resultados até 31 de março, data-limite estabelecida pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

"Como as principais empresas do País já apresentaram seus balanços, acreditamos que o resultado final do levantamento não mudará muito em relação ao que apuramos até agora", explicou o presidente da Economática, Fernando Exel. Entre as companhias que publicaram balanço destacam-se Petrobrás e Vale.

O bom desempenho das companhias de alimentos e bebidas é explicado pela forte expansão do lucro operacional em 2011 - 38,8%, para R$ 17,7 bilhões. O lucro operacional é aquele que considera os resultados advindos da atividade principal da empresa.

O setor é um dos que mais vêm se beneficiando do crescimento do consumo no Brasil nos últimos anos, em parte decorrente da ascensão das classes D e E.

A indústria química, por sua vez, teve a pior rentabilidade entre todos os setores por causa da expressiva evolução das despesas financeiras - que saíram de R$ 1,9 bilhão para R$ 3,5 bilhões. Essa expansão ocorreu na esteira da valorização do dólar em relação ao real, de pouco mais de 12% no ano passado. "Muitas empresas com dívidas em dólar sofreram impacto na rentabilidade em 2011", disse Exel.

O crescimento da despesa financeira ofuscou a maior variação das receitas entre os setores que compõem o levantamento. No químico, a alta nessa rubrica atingiu 13,3%, bem superior ao segundo colocado da lista, o setor de veículos e peças, com expansão de 8,7% nas receitas.

A maior queda no índice de rentabilidade de 2010 para 2011 também se deu no setor químico - 16,2% para 2,1%. De outro lado, as empresas de alimentos e bebidas apresentaram a maior evolução no período - de 25% para os 30,5% que levaram o segmento ao topo da pesquisa.

O levantamento da Economática revela, ainda, que as 153 empresas, juntas, tiveram no ano passado um lucro líquido somado de R$ 112 bilhões, o que representou uma queda de quase 5% na comparação com 2010.

Em compensação, o lucro operacional foi a R$ 169,5 bilhões, alta de 3,3% em relação ao ano anterior. Exel frisou que todos as variações foram calculadas em termos reais, ou seja, já considerando o efeito da inflação do período sobre os números.
Fonte:http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,setor-de-alimentos-e-o-mais-rentavel-e-quimico-o-menos,o,setor-de-alimentos-e-o-mais-rentavel-e-quimico-o-menos--,849653,0.htm

terça-feira, 13 de março de 2012

Peixes e frutas podem ajudar a preservar o cérebro, diz estudo



Pesquisa com idosos aponta que alimentação evita sintomas de Alzheimer. Ômega 3, vitaminas do complexo B e vitaminas C, D e E são indicados.



    Uma pesquisa publicada na edição online da revista científica “Neurology” mostra que a alimentação também pode ser uma arma na prevenção aos sintomas do mal de Alzheimer. De acordo com o estudo, alguns nutrientes estão relacionados com a ocorrência maior ou menor dos sinais da doença.

    Dietas ricas em ômega 3 e nas vitaminas do complexo B e nas vitaminas C, D e E tornam menos prováveis o encolhimento do cérebro e as limitações de memória e raciocínio provocados pelo mal de Alzheimer. Por outro lado, as gorduras trans aumentam a frequência desses fatores de risco.

    O ômega 3 é um ácido graxo presente nos peixes, que são também uma boa fonte de vitamina D. As vitaminas C e E são encontradas principalmente nas frutas e vegetais. As vitaminas do complexo B são antioxidantes com várias fontes alimentares diferentes. Já as gorduras trans costumam aparecer nos alimentos fritos, congelados e nas margarinas.

    O estudo analisou os níveis sanguíneos de 104 pessoas com idade média de 87 anos e poucos fatores de risco para a memória e o raciocínio. A capacidade cerebral deles foi testada e 42 deles foram submetidos à ressonância magnética para medir o tamanho do cérebro.

    Excluindo fatores como idade, sexo, nível de instrução e outras doenças, a alimentação está relacionada a 17% da variação nos resultados nos exames qualitativos para a memória e o raciocínio. Quanto ao tamanho do cérebro, os alimentos respondem por 37% da variação, segundo a pesquisa.

    “Esses resultados precisam ser confirmados, mas obviamente é empolgante pensar que as pessoas podem evitar que o cérebro encolha e mantê-lo afiado apenas ajustando a dieta”, aponta Gene Bowman, autor do estudo e pesquisador da Universidade de Ciência e Saúde de Oregon, em material divulgado pela instituição.


Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/12/peixes-e-frutas-podem-ajudar-preservar-o-cerebro-diz-estudo.html

terça-feira, 6 de março de 2012

Senai auxilia indústrias de alimentos a produzirem com qualidade

Em Dourados, a entidade dá suporte com implantação de programas de autocontrole

As indústrias do setor de alimentos de Dourados e região contam com o suporte do CetecSenai Dourados para desenvolvimento e implantação de programas de autocontrole de qualidade na produção. Segundo a supervisora técnica da área de alimentos e bebidas do CetecSenai Dourados, Setlla Fernanda de Aquino Oliveira, de 2010 até agora cinco empresas implantaram os chamados programas de boas práticas, etapa que dura cerca de seis meses para ser inserida na indústria. 

Stella Oliveira detalha que a implantação dos programas se fundamenta na inspeção contínua e sistemática de todos os fatores que de alguma forma podem interferir na qualidade higiênico-sanitária dos produtos expostos ao consumo da população. “As indústrias que trabalham com proteína animal e estão registradas no Ministério da Agricultura precisam desenvolver o programa de boas práticas”, disse. 

Ela ressaltou ainda que todo o processo de produção (recebimento de matéria-prima, manipulação, industrialização, armazenamento e expedição), aplicando-se os modernos instrumentos de gerenciamento voltados à qualidade, é visualizado como um macroprocesso, composto de várias metodologias agrupadas basicamente em quatro grandes categorias: matéria-prima, instalações de equipamentos, colaboradores e metodologia de produção. “Todos são de interesse da inspeção oficial e devem ser objeto de avaliação criteriosa durante as avaliações de rotina do SIF (Serviço de Inspeção Federal)”, pontuou. 

Implantação

Stella Oliveira lembrou que são 16 programas implantados de acordo com o tipo de produto da indústria: manutenção das instalações e equipamentos industriais, vestiários, sanitários e barreiras sanitárias, iluminação, ventilação, água e abastecimento, águas residuais, controle integrado de pragas, limpeza e sanitização, higiene, hábitos higiênicos, treinamento e saúde dos operários, procedimentos sanitários das operações, controle da matéria-prima, ingredientes e material de embalagem, controle de temperaturas, calibração e aferição de instrumentos de controle de processo, APPCC (Avaliação do Programa de Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle), controles laboratoriais e análises e controle de formulação dos produtos fabricados.  

Para ela, o trabalho desenvolvido pela equipe, composta por seis profissionais, tem surtido bons resultados. “As empresas vão recomendando para outras e assim a nossa demanda por esse tipo de trabalho está sendo crescente”, avaliou. Um exemplo é a Indústria e Comércio de Laticínio, onde a equipe do CetecSenai Dourados desenvolveu recentemente o trabalho. Para a empresária Cristina Neivock, do Laticínio Buritama, o trabalho prestado pelo Senai contribuiu para o crescimento da empresa. 

“O aprendizado, o crescimento e principalmente a melhoria na qualidade de nossos produtos chegou a um ótimo nível. Podemos dizer que o Laticínio Buritama possui duas fases: uma antes do Senai e outra depois do Senai”, declarou a empresária. Ela ressalta que, se tivesse condições financeiras, manteria uma consultoria constante para a melhoria na qualidade dos produtos.


Fonte: www.pantanalnews.com.br