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quinta-feira, 28 de junho de 2012


Riscos alimentares aumentam com crise financeira, alertam britânicos

Para economizar, consumidores guardam alimentos por mais tempo, o que amplia riscos

A Agência de Padrões Alimentares da Grã-Bretanha constatou por meio de uma pesquisa que as pessoas estão assumindo riscos alimentares maiores conforme a situação financeira piora. Segundo o estudo, o hábito guardar os alimentos por mais tempo para economizar dinheiro tornou-se comum, embora seja uma prática perigosa.
Checar aspecto e cheiro do alimento não é o bastante para verificar se ele pode ser consumido - Reuters
Reuters
Checar aspecto e cheiro do alimento não é o bastante para verificar se ele pode ser consumido
De acordo com o levantamento, dos 2 mil britânicos entrevistados mais da metade tem tentado não jogar sobras no lixo. As datas de validade não estão sendo respeitadas e alguns alimentos têm sido mantidos por tempo demais na geladeira. No verão, essas ações são ainda mais arriscadas, porque as altas temperaturas fazem com que os germes responsáveis por contaminações se multipliquem em maior velocidade.
Bob Martin, especialista de segurança alimentar da agência, diz que aproveitar sobras não é uma prática condenável, mas requer cuidados. "Usar o que sobrou é uma boa maneira de evitar o desperdício. Mas se não tivermos cuidados, há um alto risco alimentar caso a comida não seja guardada corretamente", alerta.
Segundo a agência, um terço dos entrevistados se baseava no cheiro e no aspecto da comida para checar se estava apta ao consumo em vez de considerar o tempo pelo qual foi armazenada. "É tentador apenas cheirar para ver se o alimento ainda está com, mas bactérias como a da E.coli e da salmonela não fazem a comida cheirar mal. O odor pode estar bom, mas o alimento não necessariamente deve ser consumido", avisa Martin.
A agência recomenda que sobras devam ser armazenadas na geladeira assim que possível e então consumidas em no máximo dois dias. É recomendável que os alimentos que sobraram também sejam consumidos quentes.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Estudantes levarão 'Projeto Buriti' para concorrer em olimpíada nos EUA


Estudos foram aplicados no povoado Serra Quebrada, em Gov. Edson Lobão.
Projeto ensina a utilizar a palha do buriti de maneira sustentável.


As florestas nativas de buriti no povoado de Serra Quebrada, em Governador Edson Lobão, região oeste do Estado, se transformaram em fonte de desenvolvimento sustentável para as famílias que moram no local por meio do 'Projeto Buriti', desenvolvido por universitários dos Estados do Tocantins e Maranhão. O projeto abriu as portas para a participação dos alunos em uma feira científica nos Estados Unidos, como mostrou a reportagem exibida no Mirante Rural do último domingo (24).
Os estudantes retiram a matéria-prima para produtos alimentícios e artesanato da palmeira do buriti. Emily Ferreira Soares, estudante de engenharia florestal da Universidade Federal do Tocantins (UFTO) e Carlos Pereira Martins, do curso de enfermagem de uma instituição particular do Maranhão, começaram a desenvolver o projeto que está ajudando a comunidade do povoado Serra Quebrada, em 2010.
Hoje, se fala em progresso, mas, às vezes, ele vem junto com a destruição. Nós temos a visão de progredir sem afetar gerações futuras, mantendo matas e florestas"
Emily Soares, estudante e pesquisadora do 'Projeto Buriti'
"Nós damos palestras ensinando como produzir artesanato de forma sustentável, com a fibra e o pecíolo da planta, montando utensílios a partir da palha de buriti, como redes, bolsas, artesanatos, tapetes, sabonetes, alimentos e até bonecos para ensinar a anatomia do corpo humano", contou Carlos.
"Extraímos a polpa do fruto, que tem muita vitamina C e A, boas para a visão, e para as crianças, pela falta de merenda escolar, usamos a polpa para fazer bolo, pão, doce e chocolate, coisas que não deixam de ser nutritivas. Hoje, se fala em progresso, mas, às vezes, ele vem junto com a destruição. Nós temos a visão de progredir sem afetar gerações futuras, mantendo matas e florestas", explicou Emily.
Os moradores do povoado descobriram a riqueza de vegetações próximas à sua casa, relatando que aprenderam a usar a palha de buriti para cobrir casas da maneira adequada, a confeccionar tapetes, e a usar o óleo do buriti como cicatrizante para picadas de insetos e outros machucados.
Os estudantes e pesquisadores já estão colhendo os frutos do trabalho. Eles ganharam 47 prêmios nacionais e internacionais e, agora, vão participar da Olimpíada "Gênios", em New York, nos Estados Unidos, que selecionou 249 projetos de 70 países diferentes. No Brasil, apenas o Maranhão, Ceará e São Paulo vão participar da edição deste ano.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Disney vai cortar publicidade de alimentos junk-food na TV


A Walt Disney vai parar de aceitar anúncios de junk-food em sua televisão, no rádio e nos programas online voltados para crianças e lançará um selo próprio para alimentos que considerar nutritivos, apostando na campanha contra a obesidade infantil nos Estados Unidos.
O presidente-executivo da Disney, Bob Iger, e a primeira-dama norte-americana, Michelle Obama, anunciaram as iniciativas nesta terça-feira em Washington, confirmando os detalhes dados por fontes à Reuters na segunda-feira.
A iniciativa da Disney, dona da rede ABC e de uma série de canais a cabo, segue-se à proposta feita na semana passada pelo prefeito de Nova York, Michael Bloomberg, de proibir a venda de bebidas açucaradas com mais de meio litro na maioria dos restaurantes, cinemas, delis e carrinhos de comida da cidade para combater a obesidade.
Os Estados Unidos enfrentam uma epidemia de obesidade. Quase um terço das crianças norte-americanas está acima do peso ou é obesa, e um relatório do Instituto de Medicina disse que o marketing do junk-food contribuía para a obesidade infantil.
O conglomerado de mídia e entretenimento introduziu diretrizes voluntárias em 2006 proibindo o licenciamento do Mickey e de outros personagens da Disney para alimentos que não atendam exigências nutricionais mínimas.
(Reportagem de Lisa Richwine e Ronald Grover) 

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Você pode comer à vontade mesmo de dieta - Sushis e sashimis

    Com fama de saudável e light, a comida japonesa é um prato cheio para quem quer manter a forma. O problema pode ser justamente esse: o prato cheio. Pequenos e aparentemente inocentes, as calorias de um sushi podem ir de 8 (sushi tekamaki, com arroz e atum cru envolto em alga marinha) a 56 (sushi Califórnia, com arroz, manga, kani, pepino, maionese, alga e gergelim). Dependendo de quantas unidades você consumir, o estrago pode ser grande. O sashimi também engana: 150 gramas de salmão tem 316 calorias, enquanto a mesma quantidade de atum tem 219. Ou seja, a comida japonesa também engorda, quando consumida em excesso. 

 
    
    A fama de saudável se justifica: os pratos da culinária japonesa são ricos em proteínas e ômega 3, além de conter produtos feitos à base de soja, que reduzem os níveis de colesterol ruim (LDL) no sangue, evitando a formação de placas de gordura nas artérias. Mesmo assim, alguns cuidados são necessários. Para começar, esqueça as frituras. Também tome cuidado com as diversas versões do yakisoba. "O nome yakisoba significa ‘macarrão frito’, e é aí que mora o perigo", diz a nutricionista Gabriela Guerrero, da Nutriessencial Consultoria, de São Paulo. O melhor é optar pela versão com vegetais (brócolis, cenoura, repolho), com menos calorias e mais nutrientes (vitamina A, ácido fólico e cálcio). Em tempo: uma porção de 100 gramas de yakisoba de vegetais contém 95 calorias, contra 169 do clássico.

    Todas essas delícias ficam ainda melhores temperadas com o magrinho molho shoyo (uma colher de sopa contém 9 calorias), certo? Não se empolgue tanto. "Ele é rico em sódio e, em excesso, pode levar a aumento da pressão arterial e causar retenção de líquidos", alerta Gabriela. Quem tem hipertensão deve escolher a versão light do produto, que tem menos sódio em sua composição. "Outra dica: você pode colocar um pouco de água natural na cumbuca do molho de soja, para ajudar a diluí-lo", diz a especialista.


Japoneses nada magrosAlimento - sushi keppamaki (rolinho de alga, arroz e pepino)
Calorias - 16 calorias (unidade) 
Alimento - sushi de atum (rolinho de alga, arroz e atum)
Calorias - 24 calorias (unidade)


Alimento - sashimi de atumCalorias - 25 calorias (fatia)
Alimento - empanado de cenoura
Calorias - 30 calorias (unidade)


Alimento - missoshiro (sopa à base de soja)
Calorias - 32 calorias (uma cumbuca)
Alimento - sashimi de salmão
Calorias - 36 calorias (fatia)


Alimento - sushi Califórnia (rolinho de alga, arroz, kani, manga e pepino com maionese)
Calorias - 56 calorias (unidade)
Alimento - shitake ou shimeji na manteiga
Calorias - 60 calorias (duas colheres de sopa)


Alimento - tofu (queijo de soja)Calorias - 70 calorias (50 gramas)
Alimento - guioza (pastel recheado com carne de porco e legumes)
Calorias - 77 calorias (unidade)


Fonte: http://super.abril.com.br/alimentacao/voce-pode-comer-vontade-mesmo-dieta-sushis-sashimis-622333.shtml

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Cansaço e sono constantes? Você pode não estar comendo os alimentos corretos


   Aquele cansaço que você às vezes sente pode não estar ligado somente ao excesso de atividades ou ao estresse. A alimentação interfere, e muito, no pique para executar as tarefas diárias. “Quando ela é rica em gorduras saturadas, frituras, carne vermelha gorda, açúcares refinados, doces, e pobre em frutas, legumes e verduras, a sensação de cansaço, sono excessivo e dificuldade de concentração é inevitável”, explica a nutricionista Priscila Rosa, da Equilibrium Consultoria, em São Paulo.
   Isso porque esses alimentos são de difícil digestão e necessitam de muita energia do organismo para sua metabolização, “roubando” a disposição para executar outras atividades. Mas não significa que eles devam ser vetados do cardápio e, sim, ter suas quantidades reduzidas ao longo da semana ou trocadas por alimentos similares.
   Segundo a nutricionista funcional Daniela Jobst, uma dica simples é trocar os alimentos refinados por integrais. “Alimentos refinados fornecem grande quantidade de energia, mas ela não dura, pois logo é absorvida pelo organismo. Já os integrais têm uma absorção gradativa”, afirma.
   Ao invés do pãozinho branco de toda manhã, optar por um integral é uma boa pedida. Hoje, muitas padarias já oferecem essa opção de pão francês, o preferido do brasileiro, o que não é mais desculpa para quem não quer fazer a mudança. Dessa forma, pode-se garantir mais energia para enfrentar a jornada de trabalho.
   E por mais que muita gente diga que fruta não é sobremesa e que não se compara a um doce, ela deve ser incluída no cardápio e é fundamental para dar energia. “Os alimentos ricos em vitaminas, minerais e fibras são ótimas opções para manter a disposição, já que seus nutrientes, entre outras funções, regulam o funcionamento de hormônios e mantêm a saúde do sistema imune. E o melhor é que podemos encontrá-los nas frutas”, afirma Rosa.
   A nutricionista aponta as opções ricas em vitamina C, com potencial antioxidante, como as melhores opções. São elas o kiwi, a laranja, o morango, a acerola, a mexerica e o limão. A nutricionista Daniela Jobst cita ainda a banana, a pêra e a maçã.
   Outras fontes desses nutrientes são as verduras verde-escuro, ricas em vitamina A, E e D, como couve, brócolis, escarola e espinafre. “Os sucos verdes, como o de clorofila e o de abacaxi com couve ou hortelã são ótimos para dar disposição”, fala Jobst (veja no quadro mais dicas de sucos).
   Bebidas energéticas, que contêm cafeína, como o chá verde e o café, são outros aliados para enfrentar o dia a dia, segundo Jobst. Claro que sempre ingeridos com moderação.
   Os alimentos de cor arroxeada, com grande potencial antioxidante, também ajudam a melhorar a disposição. Entre eles estão o açaí, a uva rubi, a romã, a beterraba e a berinjela. Além disso, estes alimentos melhoram a oxigenação das células e mantêm a imunidade em alta, afastando gripes, resfriados e outras enfermidades. “São ótimas opções para prevenir doenças cardíacas”, completa Priscila Rosa.
   Mas quais as quantidades ideiais desses alimentos na dieta para se obter todos os benefícios que eles oferecem? Segundo as especialistas, o ideal é que estejam presentes no cardápio de forma frequente e não apenas eventualmente. “O corpo não consegue formar estoque desses nutrientes, ou seja, o organismo aproveita as quantidades que precisa no dia e o restante é eliminado pela urina ou pelas fezes”, fala Rosa. 
   Lembrando que a proporção ideal de uma dieta saudável é incluir três porções de frutas e duas de vegetais ao dia no cardápio.



sexta-feira, 8 de junho de 2012

Alimento só deve ser recongelado se passar do estado cru para o cozido

Preparar uma quantidade maior de alimentos para serem congelados e consumidos aos poucos facilita a vida de muita gente que não tem tempo para cozinhar todos os dias. Para congelar e descongelar os produtos, porém, não basta colocá-los no congelador ou no freezer. É preciso prestar atenção em alguns procedimentos para evitar contaminações por bactérias.


Dicas de congelamento
- Congele tudo absolutamente frio
- Dê prioridade aos alimentos que estragam mais rápido
- Embrulhe bem os alimentos para não desidratarem e retire o máximo de ar dos pacotes
- Prepare tudo com menos tempero, pois alguns condimentos ficam mais acentuados ou alteram o paladar do prato congelado. Exemplos: manjericão, noz-moscada, sal, alho, cebola, páprica, aipo, azeitonas, mostarda e baunilha
- Não exceda o tempo no fogo antes do congelamento, já que a comida será aquecida novamente após descongelada
- Fracione os alimentos nas quantidades a serem consumidas
- Feijões e afins devem ser cobertos com água ou caldo de cozimento (sem chegar à borda), para deixar espaço para a dilatação
- Folhas como espinafre, almeirão e couve devem ser congeladas após refogadas


Processo de branqueamento
Serve para conservar as características originais dos alimentos.

Lave o legume e retire as partes que não estiverem boas. Em seguida, coloque água em uma panela grande sem tampa e, quando estiver borbulhando, mergulhe a verdura por 15 a 35 segundos, dependendo do tipo.
Logo após o processo, mergulhe o alimento na água gelada, pelo mesmo tempo. São 15 segundos para: abóbora, abobrinha, alcachofra, berinjela, beterraba, vagem, cenoura e pimentão. E 35 segundos para: aipo, cenoura, couve-flor, ervilha, salsão e brócolis.
Prazo de validade dos alimentos no congelador/freezer:
- Carne bovina sem gordura: 9 a 12 meses
- Carne bovina com gordura: 2 meses
- Frango: 12 meses
- Lula, camarão, lagosta, marisco, mexilhão e filé de peixe em posta: 3 meses
- Carne de porco fresca: 6 meses
- Linguiça e salsicha: 2 meses
- Bacon: 2 meses
- Presunto e tender: 4 meses
- Hambúrguer: 3 meses
- Aves: 3 meses
- Frutas: 8 a 12 meses
- Vegetais: 8 a 12 meses

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia), os fabricantes garantem a qualidade dos produtos até a data de validade impressa na embalagem, independentemente do congelamento.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Cientistas publicam maior análise já feita do genoma do milho


Estudo permitirá adaptação do cereal a pragas e ao clima.
Alimento serve de matéria-prima para o biodiesel nos EUA.

Milho tem graned variedade genética (Foto: Nicolle
Rager Fuller, National Science Foundation)

Pesquisadores norte-americanos publicaram neste domingo (3) a maior análise já feita do genoma do milho. O trabalho, feito por uma equipe interdisciplinar, aparece em dois artigos separados na revista científica “Nature Genetics”.
Uma das pesquisas, liderada por Doreen Ware, do Laboratório de Cold Spring Harbor, comparou a estrutura genética de mais de cem variedades do cereal, tanto em plantações quanto na natureza. A outra, liderada por Jeff Ross-Ibarra, da Universidade da Califórnia, mostrou como foi a evolução do milho ao longo de 8,7 mil anos, passando de uma planta nativa do México até um dos principais produtos agrícolas do mundo.

Com o conhecimento mais detalhado da genética, os cientistas esperam facilitar a criação de novas variedades do milho. O milho transgênico seria mais resistente a pestes e doenças, e poderia se adaptar melhor à mudança climática.
“Esse trabalho representa um passo marcante e uma ferramenta importante no arsenal disponível aos cientistas e criadores para melhorar uma fonte vital de nutrição”, afirmou Edward Knipling, do Serviço de Pesquisas Agrícolas dos Estados Unidos, que organizou a pesquisa.
A melhora na produção do cereal teria efeito não só sobre a disponibilidade de alimentos. Nos Estados Unidos, onde o cultivo da cana não tem a mesma importância que tem no Brasil, o milho se oferece como matéria-prima para a produção do biodiesel.